A proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa eliminar a polêmica escala de trabalho 6x1 ganhou impulso nas redes sociais e, diante da pressão popular, a quantidade mínima de assinaturas foi finalmente alcançada. O número de apoiadores pulou de 71 para impressionantes 194 deputados, de acordo com a assessoria da autor responsável pela proposta.

O impacto da discussão nas redes sociais

O debate teve grande repercussão na internet, com movimentos a favor e contra o fim da escala 6x1. Os defensores da PEC argumentam que a mudança ajudaria a melhorar a saúde mental dos trabalhadores, enquanto opositores levantam preocupações sobre os impactos econômicos e logísticos da mudança na rotina laboral.

A proposta, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) no Dia do Trabalhador, 1º de maio, defende a adoção de uma jornada de trabalho reduzida de quatro dias, com uma carga horária máxima de 36 horas semanais. A ideia é que, mesmo com o limite de horas reduzido, não haja diminuição de salário, promovendo um equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Hoje, a Constituição Federal estabelece que a carga horária não pode ultrapassar oito horas diárias e 44 horas semanais. Aprovando essa PEC, o Brasil poderia acompanhar exemplos de outros países que já adotam jornadas mais curtas com sucesso.

O papel de Rick Azevedo na mobilização

Rick Azevedo, vereador do PSOL e líder do Movimento Vida Além do Trabalho, é um dos principais articuladores desta proposta. Azevedo compartilha que a lógica do trabalho 6x1 impacta negativamente na condição de saúde mental dos trabalhadores. Ele reforça que outros países mais desenvolvidos já superaram essa lógica "escravocrata" e buscam modelos mais saudáveis de trabalho.

Críticas e Apoios

A proposta enfrenta tanto apoio como críticas. A influenciadora Nath Finanças, por exemplo, ironizou o tema ao publicar um meme que brinca com a resistência de alguns deputados à mudança. O tema também gerou uma mobilização significativa entre usuários progressistas nas redes sociais, resultando em um aumento na pressão sobre os parlamentares para que aprovem a PEC.

Assinaturas Apoiadoras

Atualmente, a lista de deputados que apoiam a PEC inclui nomes de diversas legendas, mostrando uma união rara no cenário político atual. Entre os signatários, figuram líderes de partidos que vão do PSOL ao PL, destacando um consenso em prol da saúde e qualidade de vida dos trabalhadores.

O que vem a seguir?

Com a PEC agora em tramitação no Congresso, os próximos passos incluirão debates mais profundos sobre a implementação da jornada reduzida e suas implicações. A população aguarda ansiosamente por resultados dessa mobilização que promete revolucionar o ambiente de trabalho no Brasil.