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Ferj faz duras críticas à arbitragem de Vasco x Palmeiras: 'Critérios divergentes'

2024-09-24

A partida entre Vasco e Palmeiras no último domingo não ficou apenas marcada pelo embate em campo, mas também pela polêmica em relação à arbitragem. O árbitro, que teve a orientação do VAR, sob o comando de Gilberto Rodrigues Castro Junior, foi chamado a revisar uma jogada crucial na área. Os jogadores do Vasco protestavam, alegando que Vanderlan ampliou seu espaço corporal ao estar dentro da área, o que poderia configurar um pênalti.

Após revisar o lance, o árbitro Klein decidiu não marcar a infração, levando em consideração que o braço do jogador do Palmeiras estava junto ao corpo no momento do toque. Essa decisão provocou a irritação dos vascaínos, que, em meio ao jogo, viram seu atleta Vegetti receber um cartão amarelo por reclamações.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) não hesitou em criticar a atuação da arbitragem, ressaltando a necessidade de uma melhor padronização dos critérios usados pelos árbitros. Em nota, a Ferj destacou que as irregularidades nos critérios de avaliação já se tornaram uma constante, o que pode prejudicar a credibilidade do campeonato.

Rubens Lopes, presidente da Ferj, recordou uma crítica anterior feita após um embate entre Vasco e Palmeiras no ano passado, onde um gol do Cruz-Maltino foi anulado por uma interpretação polêmica do VAR. Segundo Lopes, é imprescindível que haja uma reflexão urgente sobre a uniformização dos critérios de arbitragem no futebol do Brasil.

A análise da Ferj sobre o lanço polêmico foi incisiva, elencando pontos que evidenciam a falta de clareza e a divergência nas decisões:

1. A decisão sobre o lance se dá pela evidência factual, sendo este um aspecto que não exige uma Revisão de Área (ARA), como a validação de um gol. Portanto, a chamada do VAR se dá para convencer o árbitro principal a não marcar pênalti, resultando na alteração da decisão.
2. A divergência entre os critérios aplicados nas decisões se amplia a cada jogo, o que gera desconforto e desconfiança entre os clubes e torcedores.
3. O problema central persiste na qualidade da instrução recebida pelos árbitros. Não existe um esforço real para alinhar as diretrizes, o que poderia minimizar erros claros.
4. É fundamental que existam critérios objetivos na comunicação entre o árbitro de campo e o VAR. A ansiedade da equipe do VAR para intervir nas decisões precisa ser controlada, criando um fluxo mais claro e seguro de decisões.
5. A questão a ser levantada, caso as diretrizes estabelecidas para o VAR não sejam seguidas, é: o que fazer agora, José?

A conversa entre o árbitro e o VAR foi reveladora: o árbitro admite não ter certeza se a infração ocorreu dentro ou fora da área, enquanto o VAR tenta esclarecer a situação, destacando que a proteção do braço pelo jogador do Palmeiras era uma justificativa válida para a não marcação da penalidade.

Mais uma vez, a competência e a coesão da arbitragem estão em jogo no futebol brasileiro. As críticas da Ferj revelam uma insatisfação crescente que não deve ser ignorada. O que os torcedores podem esperar para a próxima partida? Mudanças à vista na arbitragem brasileira? Fiquem ligados!