"Devemos sempre recordar os eventos trágicos do passado, especialmente o que ocorreu em 8 de janeiro, para que jamais se repitam. É fundamental que novas gerações compreendam as feridas da ditadura e os estragos que o autoritarismo pode causar. A nossa existência se baseia na democracia, vivemos por ela e nunca desistiremos de sua defesa", afirmou o ministro Edson Fachin, em um forte discurso.

Fachin destacou ainda que "a democracia é construída sobre os pilares da tolerância, diversidade e dissenso. No entanto, não podemos confundir esses valores com o direito de ameaçar a própria democracia. A violência está fora desse pacto social e deve ser punida conforme preveem as leis da nossa Constituição legítima." O recado claro é que qualquer tentativa de golpe deve ser severamente reprimida.

Além de Fachin, Luís Roberto Barroso, presidente do STF, reforçou a importância de lembrar esse dia com a seriedade que ele merece. "Relembrar o 8 de janeiro é também um apelo para que possamos virar essa página, mas sem apagá-la da nossa história. Precisamos, como sociedade, garantir que haja responsabilidade por ações que atentem contra a democracia", declarou Barroso em mensagem lida pelo ministro.

Barroso também contestou a ideia de que o enfrentamento ao golpismo e ao extremismo se trata de uma "narrativa autoritária". Segundo ele, defender a democracia e o respeito às leis é um compromisso obrigatório de todos os cidadãos.

Nos últimos tempos, os ânimos no Brasil têm estado acirrados, com crescentes discussões sobre a importância da democracia e a necessidade de estar vigilante contra ameaças autoritárias. Essa reflexão se torna ainda mais crucial diante de desdobramentos recentes que testam as estruturas democráticas do país. A luta pela democracia é mais do que uma batalha do passado; é um chamado à ação no presente!