As chuvas devastadoras deste fim de semana trouxeram caos e destruição em 27 dos 32 departamentos da Colômbia. Na capital, Bogotá, uma grave seca resultou em racionamento de água, aumentando a tensão entre os cidadãos.

Em uma coletiva de imprensa realizada no último domingo, o presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou a 'situação de desastre' em nível nacional, alertando sobre os impactos extremos das mudanças climáticas que têm tornado o país mais vulnerável a desastres naturais.

Petro expressou sua preocupação ao se reunir com as autoridades da gestão de riscos, onde foi revelado que as tempestades deixaram um rastro de destruição sem precedentes. Apesar de o boletim da Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD) não mencionar vítimas, o caos é inegável.

De acordo com os dados, os departamentos mais atingidos incluem La Guajira, Norte de Santander, Chocó, Huila e Cauca, com Chocó sendo o mais afetado — ao menos 30 mil famílias sofreram consequências devastadoras. O presidente também anunciou que, devido ao colapso climático na região, ele cancelou sua participação na COP29 que ocorrerá no Azerbaijão.

Petro garantiu que, apesar da decretação de desastre afetar todo o território, os recursos e esforços serão redirecionados principalmente para Guajira, Chocó e Bogotá, que enfrenta uma crise hídrica desde abril, causada pela seca severa nos reservatórios de água.

A diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais, Ghislaine Echeverry, revelou que a Oscilação de Madden-Julian e as monções, um fenômeno associado a baixas pressões atmosféricas, são fatores cruciais por trás das intensas chuvas. Echeverry alertou que a urbanização descontrolada também é uma parte significativa do problema, exacerbando os efeitos das mudanças climáticas sobre o país.

Diante desse cenário alarmante, a população se pergunta: como lidar com as consequências imediatas e futuras desses fenômenos? O governo colombiano está sob pressão para tomar medidas urgentes que possam mitigar os impactos e ajudar as comunidades afetadas. A luta contra a desigualdade e os efeitos das mudanças climáticas tornam-se cada vez mais urgentes no Brasil e na Colômbia, enquanto o povo clama por soluções rápidas e eficazes.