O advogado Hêrcules Anton, de 59 anos, conselheiro seccional e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Barra Mansa, foi assassinado de forma chocante nesta segunda-feira, em frente à escola de sua neta, no bairro Santa Rosa. Relatos indicam que ele foi executado com pelo menos seis tiros enquanto levava a criança para o colégio, em um ato de violência que deixou a comunidade atônita.

Segundo a Polícia Militar, Hêrcules foi encontrado baleado no local e socorrido para a Santa Casa da Misericórdia, onde infelizmente não sobreviveu aos ferimentos. O caso foi encaminhado para a 90ª DP (Barra Mansa), onde as investigações já se iniciaram, mas detalhes sobre possíveis suspeitos ainda são escassos.

A OAB do Rio de Janeiro lamentou publicamente a morte do advogado e solicitou uma investigação rigorosa ao governo estadual e à Polícia Civil. Luciano Bandeira, presidente da OABRJ, expressou seu pesar e exigiu uma solução rápida. “Estamos profundamente consternados com este crime bárbaro e inadmissível. A comunidade inteira exige segurança e justiça”, afirmou.

Ana Tereza Basílio, vice-presidente da OABRJ, também manifestou solidariedade à família de Anton, destacando a urgência de um reforço nas medidas de segurança para a proteção de advogados e cidadãos em geral. Ela ressaltou: “Esse tipo de violência é insuportável, e precisamos nos unir para exigir que providências sejam tomadas.” O Conselho Seccional da OABRJ declarou luto oficial de três dias pela perda de Hêrcules.

Recentemente, Hêrcules ocupava o cargo de Secretário Adjunto da chapa 3, que concorre às eleições da OAB-RJ marcadas para 25 de novembro. A chapa foi lançada na última quinta-feira, liderada por Marcello Oliveira, que lamentou a perda de um amigo querido: “Perdemos uma pessoa excepcional e um grande defensor da justiça. Ele foi assassinado em um bairro que deveria ser seguro, sob vigilância de câmeras. Precisamos de respostas.”

Oliveira também fez referência a assassinatos anteriores de advogados, como o de Rodrigo Marinho Crespo, que foi morto em fevereiro em frente à sede da OAB-RJ, e exigiu que as autoridades agissem com urgência para prender não só os executores, mas também os mandantes desses crimes.

A morte de Hêrcules Anton não é um caso isolado, mas sim a ponta de um iceberg de violência que atinge profissionais da advocacia no Brasil, levantando alarmes sobre a segurança dos advogados e a necessidade urgente de medidas eficazes para protegê-los.