Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru, acaba de chegar ao Brasil em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) após receber asilo diplomático. A decisão do governo Lula vem após a condenação de Nadine a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um escândalo envolvendo a famosa empreiteira Odebrecht.

Condenação e asilo: o enredo recheado de acusações

Nadine, que é esposa do ex-presidente Ollanta Humala - que também enfrenta problemas legais - não compareceu ao seu próprio julgamento. Assim que a sentença foi anunciada, ela se dirigiu à embaixada brasileira em Lima, buscando proteção sob a Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954.

Salvo-conduto concedido: um desfecho inesperado

Segundo informações do Ministério de Relações Exteriores do Peru, o Brasil solicitou que garantias fossem dadas para o translado de Nadine e seu filho Samir, que também recebeu asilo. O governo peruano, por sua vez, acatou os pedidos e emitiu os correspondentes salvo-condutos.

Repercussões políticas: um jogo de xadrez

O advogado de Humala, Wilfredo Pedraza, revelou que a defesa não tinha conhecimento da intenção de Nadine de buscar asilo político, um assunto que foi discutido apenas na esfera familiar. Ele também criticou a rapidez da decisão, ressaltando que a sentença deveria ser confirmada em instância superior.

Acusações graves abalam a política peruana

Humala e Nadine foram acusados de receber aproximadamente 3 milhões de dólares da Odebrecht durante sua candidatura bem-sucedida à presidência em 2011. Esse caso não só impactou as vidas dos envolvidos, mas também trouxe uma grande turbulência política ao Peru.

Enquanto Nadine inicia um novo capítulo em sua vida brasileira, o escândalo continua a reverberar nas relações entre os dois países e nas esferas do poder latino-americano.