Ex-aliada denuncia ordens de Anderson Torres para blitze contra eleitores de Lula: 'todo mundo na rua'
2025-01-24
Autor: Mariana
247 - Em um depoimento explosivo à Polícia Federal (PF), a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, revelou que o então ministro Anderson Torres fez mudanças drásticas no planejamento de segurança no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Suas declarações, reveladas por Aguirre Talento, do UOL, reforçam as suspeitas de interferência eleitoral em favor de Jair Bolsonaro (PL), levando a um clima de tensão e questionamento sobre a integridade do processo eleitoral.
De acordo com Marília, Torres ordenou um aumento expressivo do policiamento em áreas estratégicas, principalmente na Bahia, onde Lula (PT) teve um desempenho marcante. Este direcionamento, que contraria a normatividade usual da PF, foi encarado como uma tentativa de restringir ou dificultar o voto de eleitores, conforme indicado no relatório da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O inquérito revelou uma abordagem sem justificativa técnica clara nas ordens de Torres, caracterizando violações dos direitos democráticos. Durante uma reunião crucial após o primeiro turno, o ministro clamou pelo aumento das forças policiais nas ruas: 'tem que ser 100%, eu quero todo mundo na rua', teria dito, conforme os relatos de Marília.
Enquanto a Policia Federal propunha um planejamento comum, Torres se opôs fortemente, instando que as operações fossem direcionadas a áreas especificamente favoráveis a Lula. Adicionalmente, ele exigiu informações detalhadas sobre a distribuição de agentes na Bahia, criando uma situação alarmante que levantou suspeitas na PF.
A saga ainda se complica mirando as blitze rodoviárias realizadas pela PRF no Nordeste, onde, segundo investigações, ocorreram paralisações ostensivas de eleitores durante o dia da votação para desacelerar o acesso às urnas. Esses atos foram vistos como uma tentativa de intimidar os apoiadores de Lula em um dos estados mais relevantes para sua campanha.
Além disso, Marília revelou que Torres fez uma visita à Superintendência da PF na Bahia, onde pediu estrategicamente cópias de documentos sobre o planejamento de segurança, levantando ainda mais suspeitas sobre suas intenções. 'Teve várias testemunhas sobre isso. Eu não vejo lógica de fazer isso sem uma determinação do ministro', afirmou Marília, reforçando que as ordens de ação eram de fato oriundas do mais alto escalão.
O inquérito também estabeleceu relações entre o plano de Torres e potenciais atividades golpistas, um vazamento conhecido entre apoiadores radicais de Bolsonaro, que visavam tumultuar o processo democrático. Em resposta às evidências, Torres negou as acusações, alegando desconhecimento das ações, mas a ex-diretora contradisse essa alegação, reiterando que o novo planejamento foi executado sob suas instruções diretas.
O relatório final não só indicou as manobras supervisórias de Torres como também implicou o uso de recursos federais para viabilizar atividades que visavam claramente uma vantagem política. A defesa de Torres informou que se manifestará apenas após a análise completa do relatório.
Com um desfecho potencialmente explosivo no horizonte, o Brasil se encontra em um ponto crítico, onde os desdobramentos dessa investigação podem moldar o futuro político do país. Fique atento às atualizações enquanto a verdade por trás dessas manobras começa a emergir!