O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a suspensão imediata da emissão de passaportes que incluem a opção de gênero “X” – que representa pessoas não binárias. A informação foi confirmada pela CNBC, causando uma onda de reações nas redes sociais.

A partir de agora, apenas cidadãos americanos que se identificam como homens ou mulheres poderão solicitar passaportes, o que implica que muitos indivíduos podem enfrentar dificuldades na obtenção de documentos que reflitam sua verdadeira identidade de gênero.

Essa decisão acontece após um decreto assinado pelo ex-presidente Donald Trump, que reforçou a política do governo de reconhecimento exclusivo de dois gêneros, alegando querer “restaurar a verdade biológica”. Afirmações como essa geram um clima tenso e divisivo em torno das questões de gênero nos Estados Unidos, especialmente entre ativistas dos direitos LGBTQIA+ que veem essa política como uma retrocesso na luta por igualdade e reconhecimento.

O Departamento de Estado também prometeu divulgar orientações sobre a situação dos passaportes já emitidos com o marcador de gênero X, mas não forneceu informações sobre quantos documentos desse tipo estão atualmente em circulação no país.

Os defensores dos direitos humanos estão levantando suas vozes contra essa mudança e estão preparando ações legais para contestar a decisão, argumentando que ela viola os direitos civis de milhões de cidadãos. As consequências dessa decisão podem se estender para além da emissão de passaportes, afetando também o reconhecimento legal de identidade em outras áreas, como saúde e educação.

Essa questão não afeta apenas a comunidade LGBTQIA+, mas também levanta debates sobre a inclusão e a diversidade em uma sociedade onde a representação e o respeito pelas diferenças são cada vez mais valorizados. Afinal, a luta por identidade de gênero e por direitos iguais não é apenas uma questão pessoal, mas uma questão de cidadania e dignidade.