Os Estados Unidos começaram a enviar tropas para a fronteira com o México nesta quarta-feira (22), conforme informou o Departamento de Defesa. Inicialmente, 1.500 soldados estão sendo mobilizados para reforçar a segurança na região, com a possibilidade de que esse número chegue a até 10 mil no decorrer dos próximos meses.

Atualmente, cerca de 2.200 militares, incluindo membros da Guarda Nacional, já estão presentes na fronteira entre os dois países. Na mesma data, 500 fuzileiros navais foram destacados para a área. Informações de fontes da agência Reuters indicam que a quantidade de tropas pode aumentar, embora dependente de variáveis que serão revisadas nas próximas semanas.

O governo também anunciou que aeronaves militares poderão ser utilizadas para deportar imigrantes ilegais, o que se segue a uma série de promessas do presidente Donald Trump durante sua campanha eleitoral.

"Essa movimentação é o resultado de instruções de segurança interna desde o início do governo Trump", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, enfatizando a determinação na luta contra a imigração ilegal.

Ainda hoje, a administração informou a suspensão da entrada de imigrantes indocumentados pela fronteira sul, o que efetivamente fecha a porta para estrangeiros que tentam entrar sem visto para solicitar asilo.

A declaración de emergência na fronteira, feita por Trump logo após assumir o cargo, permite a liberação de recursos federais para segurança, e um dos objetivos é retomar a construção de um muro entre os dois países, uma promessa incontestável da campanha do presidente.

Entre as várias medidas anunciadas, Trump também eliminou programas que permitiam a entrada legal de estrangeiros por motivos humanitários e revogou a cidadania automática para filhos de imigrantes em situação irregular nascidos nos EUA, criando um quadro jurídico controverso e desafiado por estados governados por democratas.

O governo implementou a chamada "deportação expressa", que permite que imigrantes ilegais sejam expulsos sem necessidade de audiências judiciais, e reverteu proibições anteriores sobre a prisão de indocumentados em lugares considerados sagrados, como igrejas e escolas, visando reforçar a resposta às questões de segurança nacional.

Dentre as polêmicas, a implementação do programa "Fique no México", que obriga os solicitantes de asilo a esperar no México enquanto suas solicitações são analisadas, causou indignação entre muitos imigrantes.

Enquanto se avança na segurança da fronteira, o que esperar das próximas semanas? O aumento do efetivo militar representa uma escalada nas tensões entre os dois países, e a atmosfera em diversas comunidades que dependem da imigração será fortemente impactada. Essa movimentação levanta questões sobre a política externa dos EUA e seu impacto nas relações com o México, especialmente em tempos de crises humanitárias agudas. A situação demandará atenção e vigilância contínuas.