EUA apontam hackers chineses por acesso a documentos do Tesouro Nacional
2024-12-30
Autor: Lucas
O governo dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (30) que hackers chineses invadiram sistemas de seu Tesouro Nacional, acessando diversas estações de trabalho e documentos. Acredita-se que esses cibercriminosos tenham comprometido um provedor de serviços de software terceirizado, gerando preocupações significativas sobre a segurança cibernética nacional.
Embora o Tesouro não tenha divulgado informações específicas sobre a quantidade de documentos ou estações de trabalho acessadas, garantiu que os arquivos invadidos não são classificados como secretos ou confidenciais. Essa declaração, porém, não diminui a gravidade da ameaça gerada pelas incursões cibernéticas.
A invasão foi detectada no dia 8 de dezembro, quando o provedor de serviços alertou o Tesouro que os hackers exploraram uma vulnerabilidade no sistema para obter acesso remoto a computadores do departamento. Aditi Hardikar, secretária assistente do Tesouro, anunciou que a equipe de segurança imediatamente desligou o sistema comprometido e não há indícios de que os hackers ainda tenham acesso a outras informações do departamento.
Em resposta à situação, o Tesouro declarou que reforçou suas defesas cibernéticas, visando proteger o sistema financeiro dos Estados Unidos contra futuras ameaças. As investigações estão sendo conduzidas pelo FBI e pela Agência de Segurança Cibernética dos EUA, mas ainda não se sabe se os hackers estavam agindo sob as ordens de algum governo ou entidade corporativa.
Este não é o primeiro incidente desse tipo. Em 2022, relatos indicaram que hackers chineses haviam violado contas de e-mail de várias agências do governo americano, com a Microsoft revelando que cerca de 25 organizações, incluindo órgãos governamentais, foram afetadas por essa invasão.
O secretário de Estado, Antony Blinken, expressou sua preocupação com a situação e deixou claro durante uma conversa com o diplomata chinês Wang Yi que esses invasores devem ser responsabilizados.
O aumento das atividades de espionagem cibernética levanta questões sérias sobre a vulnerabilidade das infraestruturas governamentais e financeiras e a necessidade urgente de investimentos em segurança cibernética.
As tensões entre EUA e China em relação a questões cibernéticas estão crescendo, fazendo com que este caso atraia a atenção internacional e estimule debates sobre a proteção de dados e a segurança nacional. As revelações sobre os ataques podem ter ramificações significativas nas relações diplomáticas entre as nações.