
Estudo Revela Redução Surpreendente do Risco de Alzheimer com Biomarcadores!
2025-04-08
Autor: Carolina
Pesquisadores americanos realizaram um estudo inovador que pode mudar o futuro da prevenção do Alzheimer. Os resultados do estudo BioRAND, apresentados na reunião anual da Academia Americana de Neurologia, revelaram que biomarcadores presentes no sangue podem ser significativamente melhorados com simples mudanças no estilo de vida.
A principal autora da pesquisa, Kellyann Niotis, neurologista com especialização na redução de risco para Alzheimer e Parkinson, enfatizou a importância dos biomarcadores. Eles são essenciais para determinar a presença da demência antes que os sintomas clínicos apareçam. "Esses biomarcadores podem oferecer um indicativo claro de como a progressão da doença está sendo alterada pelas ações do próprio paciente", afirmou Niotis.
No estudo, 71 participantes foram acompanhados, dos quais 54 receberam orientações personalizadas de prevenção neurológica, enquanto 17 formaram o grupo de controle. A análise incluiu mais de 125 biomarcadores, com foco em proteínas específicas. A redução destes marcadores indicou uma melhora na saúde cerebral, possivelmente evitando o declínio cognitivo irreversível.
Os cientistas recomendaram mudanças como controle da pressão arterial, alimentação saudável, prática regular de exercícios, melhoria da qualidade do sono, redução do estresse e suplementação nutricional. Comprovado cientificamente, esses fatores modificáveis têm uma correlação direta com o aumento do risco de demência.
Estudos anteriores já mostraram que um estilo de vida saudável pode reduzir substancialmente esse risco, mesmo em indivíduos com predisposição genética. Eles observaram que os participantes que seguiram ao menos 60% das orientações apresentaram uma resposta muito mais positiva em relação aos biomarcadores.
Os exames de sangue, considerados mais acessíveis e menos invasivos, podem servir como uma solução promissora para o diagnóstico precoce do Alzheimer. A longo prazo, os pesquisadores pretendem que esses testes funcionem como uma espécie de “colesterol do cérebro”, facilitando a medição do risco e ajudando na adoção de cuidados preventivos a partir da meia-idade.
Com a intenção de democratizar o cuidado com a saúde cerebral, o neurologista Richard Isaacson, que lidera a pesquisa, almeja tornar essa ferramenta mais acessível e com menores custos, ampliando o acesso à prevenção da demência em suas fases iniciais.