Estudo Inovador Revela Sinais Físicos de Demência Até Nove Anos Antes do Diagnóstico
2024-11-14
Autor: João
O envelhecimento é um processo inevitável que pode trazer uma série de desafios cognitivos, afetando significativamente a memória e a funcionalidade do dia a dia. Reconhecer os primeiros sinais que podem indicar a presença de doenças degenerativas como o Alzheimer é crucial, e cientistas estão cada vez mais focados em descobrir indicadores que possam ajudar nesse diagnóstico precoce.
Um estudo recente, publicado na JAMA Network, trouxe à tona evidências de que a fragilidade física pode ser um sinal precoce de demência, aparecendo de quatro a nove anos antes do diagnóstico formal. Os pesquisadores acompanharam 28 mil voluntários, com idade média de 71 anos, ao longo de 20 anos, analisando 30 indicadores de fragilidade física. Os resultados revelaram que aqueles com maior fragilidade tiveram um risco significativamente aumentado de desenvolver demência – até 40% a mais para os que apresentaram mais de cinco condições de fragilidade.
Principais Sinais de Fragilidade Física
Entre os principais sinais de fragilidade física destacados no estudo, estão:
- Capacidade de caminhar 100 metros sem se cansar;
- Permanecer sentado por 2 horas sem desconforto;
- Levantar-se de uma cadeira sem ajuda;
- Subir escadas;
- Conseguir agachar e ajoelhar;
- Levantar os braços acima da linha dos ombros;
- Levantar 5 kg de peso e empurrar objetos grandes;
- Realizar atividades de higiene pessoal e vestir-se sem assistência;
- Fazer compras sozinho;
- Custear suas necessidades diárias, como a alimentação;
- Levantar-se da cama sem ajuda.
Além dos aspectos físicos, o estudo também examinou questões cognitivas, com foco em habilidades como orientação espacial, autoadministração de medicamentos e habilidades de comunicação, que são igualmente importantes para a vida independente.
Adicionalmente, foram analisados problemas de saúde preexistentes dos participantes, como hipertensão, asma, e histórico de fraturas, que também se mostraram relacionados a um maior risco de demência. As descobertas sugerem que a fragilidade física não é apenas um sintoma, mas pode ser uma das causas do desenvolvimento das doenças cognitivas.
O médico David Ward, um dos autores do estudo, afirma: "Compreender a relação entre a fragilidade do envelhecimento e a demência pode abrir portas para estratégias de intervenção que promovam uma vida mais saudável e prolonguem a autonomia dos idosos”. Portanto, manter um estilo de vida ativo e saudável pode ser a chave para reduzir esses riscos, destacando a importância de exercícios regulares e uma nutrição balanceada na terceira idade.
Essas informações são vitais não apenas para os profissionais de saúde, mas também para familiares e cuidadores que podem estar atentos a esses sinais, ajudando a promover um envelhecimento saudável.