Estudante de Física revela segredos surpreendentes do museu de ciências: 'Freezers com animais preservados'
2024-09-26
Autor: Mariana
A estudante de física, Melissa Marques, desvendou alguns segredos inusitados dos bastidores do museu de ciências onde trabalha, o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP. Em suas redes sociais, ela compartilhou que o museu abriga uma curadoria insólita de animais mortos, utilizados para fins educacionais e científicos.
Melissa destacou que a maioria dos animais que chegam ao centro vem a óbito devido a atropelamentos, situações que podem ser trágicas, mas que ajudam na preservação do conhecimento. Todos os espécimes são recebidos já mortos, e a equipe se encarrega de conservá-los até que possam ser preparados por meio do processo de taxidermia, ou empalhamento, que permite que esses animais sejam expostos ao público.
Ela revelou que os corpos são armazenados em freezers específicos, onde o cheiro forte de formol é uma constante. “Nesses freezers, é comum encontrar corpos de animais. No momento, não há nenhum por aqui, mas a presença do formol é evidente e pode incomodar”, contou, enquanto mostrava a estrutura do local, que, à primeira vista, pode parecer banal para quem não conhece a realidade do museu.
Outro aspecto curioso mencionado por Melissa é o processo de seleção dos animais para exposição. Às vezes, devido ao estado em que os corpos chegam, apenas partes dos animais são aproveitadas. “Recebemos alguns desses animais, e muitas vezes conseguimos utilizar apenas uma pata ou a pele. Não é raro ver apenas fragmentos na exposição”, explicou a estudante, gerando uma mistura de fascínio e compaixão nos seguidores.
Essa experiência de trabalho tem proporcionado a Melissa uma visão única sobre a conservação e a educação científica. Ela enfatizou a importância de discutir a ética no uso de animais em ambientes de ensino e pesquisa, algo que tem sido objeto de intenso debate em diversas instituições.
Embora a tarefa de preservar e expor animais mortos possa parecer macabra para alguns, a visão de Melissa é de respeito pela vida e pela ciência. “Cada animal tem uma história, e nosso trabalho é garantir que essa história não se perca”, finalizou a jovem, revelando a responsabilidade que vem com o trabalho no museu.