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Estatais brasileiras enfrentam déficit primário de R$ 7,4 bilhões até setembro, o pior desde 2002

2024-11-11

Autor: João

Estatais brasileiras enfrentam déficit primário histórico

As empresas estatais no Brasil estão em um cenário preocupante, com um déficit primário de R$ 7,4 bilhões até setembro deste ano, o pior desempenho registrado desde 2002, de acordo com dados do Banco Central. Esse resultado alarmante revela a fragilidade das contas públicas e afeta diretamente investimentos e serviços prestados à população.

Contribuição das estatais para o déficit

Do total do déficit, as estatais federais foram responsáveis por R$ 4,18 bilhões, enquanto as controladas pelos estados somaram R$ 3,26 bilhões. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviço Público justificou que parte desse resultado negativo é decorrente de investimentos na infraestrutura e em programas sociais, que são fundamentais para o crescimento futuro. Contudo, a preocupação com a saúde financeira das estatais aumenta, considerando que muitos desses investimentos ainda não trazem retorno imediato.

Dívida pública e suas consequências

No que tange à dívida pública, o Brasil viu sua dívida bruta atingir 78,3% do PIB em setembro, com uma leve redução de 0,2 ponto percentual em comparação ao mês anterior. Entretanto, a dívida líquida subiu para 62,4% do PIB, totalizando impressionantes R$ 7,1 trilhões. Esses números acendem um alerta sobre a sustentabilidade fiscal do país.

Déficit primário do setor público consolidado

Adicionalmente, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 7,3 bilhões em setembro, demonstrando uma melhoria significativa em relação ao déficit de R$ 18,1 bilhões observado no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2023, o déficit primário do setor público consolidado é de R$ 93,6 bilhões, equivalente a 1,09% do PIB, uma redução considerável em comparação ao déficit de R$ 249,1 bilhões, ou 2,29% do PIB, registrado em 2022.

Projeções e necessidades de atenção

Para o próximo ano, o governo brasileiro prevê um déficit de R$ 28,8 bilhões, que será o limite máximo estabelecido pela meta fiscal. Expertos ressaltam que essa projeção é uma tentativa de estabilizar a economia, mas podem surgir dificuldades se não houver um aumento efetivo na arrecadação e um controle mais rígido dos gastos públicos. A situação instável nas estatais e a crescente dívida pública exigem uma atenção redobrada do governo e de todos os brasileiros. Fique atento e confira as próximas movimentações do governo que podem impactar diretamente a economia do país!