Nação

'Estamos reféns da criminalidade', desabafa parente de entregador morto na Zona Norte do Rio

2025-01-02

Autor: Carolina

A tragédia da violência atinge novamente a Zona Norte do Rio de Janeiro. Jorge Luís da Silva, um entregador querido por todos na comunidade, teve sua vida brutalmente interrompida em um ataque a tiros na tarde desta quarta-feira. 'Ele era muito conhecido na região. Jorge sempre trabalhou como entregador, e todos o conheciam. Não sabemos o que motivou sua morte, mas meu sobrinho não era envolvido com nada. Estamos reféns da criminalidade', desabafou um dos tios da vítima, que optou por permanecer anônimo.

O crime aconteceu por volta das 16h, na Rua Souto, uma artéria movimentada que separa os bairros de Cascadura e Quintino Bocaiúva, repleta de comércios como supermercados e farmácias, e que dá acesso ao Morro do Fubá. A cena foi chocante: testemunhas relataram que homens armados se aproximaram de Jorge e dispararam várias vezes, resultando em sua morte instantânea, enquanto as bebidas que ele transportava caíam na calçada.

'Ele era um homem bom. Infelizmente, vai ser só mais um caso. Estamos reféns da criminalidade. Sabemos que a morte dele não vai mudar em nada a violência do bairro. Vamos sofrer a perda dele sem ter justiça', lamentou o parente, ecoando um sentimento de impotência frente à escalada da violência na região.

Jorge, que dedicou sua vida ao trabalho e sustentava sua família, era casado e pai de um menino. A tragédia foi ainda mais marcada pelo sofrimento familiar: 'Ainda não contamos ao filho dele que o pai morreu. A criança continua perguntando por ele, e não sabemos como lidar com isso. Toda a família está destroçada. O pai de Jorge não consegue comer e está em choque, e a mãe, que está grávida de quatro meses, também está muito abalada', contou seu tio.

A Polícia Civil já está investigando o caso através da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), mas até o momento não há informações sobre a motivação do crime ou a identificação dos responsáveis. O corpo de Jorge aguarda liberação no Instituto Médico-Legal, enquanto familiares se preparam para o sepultamento, previsto para esta sexta-feira, em meio ao luto e à indignação por mais uma vida perdida de forma tão violenta.

A comunidade, como um todo, clama por soluções eficazes para lidar com a criminalidade que assola a vida diária. O que será necessário para que tragédias como essa não se repitam? As autoridades precisam agir prontamente para garantir a segurança dos cidadãos que, como Jorge, apenas desejam trabalhar e cuidar de suas famílias.