Ciência

Essa forma de vida extrema poderia sobreviver em Marte | Descubra como estamos um passo mais perto da colonização do Planeta Vermelho!

2025-04-02

Autor: Ana

Pesquisadores descobriram que uma forma de vida resistente, os líquens, pode sobreviver nas condições extremas de Marte, o que representa um grande avanço para a futura colonização do Planeta Vermelho.

Marte se destaca como a opção mais viável para a habitação humana fora da Terra devido à sua proximidade com a zona habitável do sistema solar e ao seu terreno que, potencialmente, poderia suportar a presença humana.

Entretanto, transformar a superfície marciana em um ambiente habitável requereria uma mudança colossal, como aumento das temperaturas e a criação de uma atmosfera adequada para a respiração. Um dos primeiros objetivos nessa jornada seria o cultivo de plantas que consigam converter o dióxido de carbono abundante em oxigênio vital.

No cenário atual, os cientistas se debruçam sobre a possibilidade da existência de líquens em Marte, uma forma de vida que já se provou resistente em condições adversas na Terra. Recentes estudos focaram em duas espécies de líquens, Diploschistes muscorum e Cetraria aculeata, que foram submetidas a simulações das temperaturas, radiação e pressão marcianas.

Os resultados são promissores! Embora C. aculeata tenha enfrentado algumas dificuldades com a radiação, a D. muscorum demonstrou notável resiliência, mantendo o metabolismo ativo mesmo diante de condições severas, o que indica sua viabilidade potencial para sobreviver em Marte.

O que os pesquisadores enfatizam é que os líquens são conhecidos como extremófilos, organismos que conseguem prosperar em ambientes extremos, como desertos escaldantes e regiões polares gélidas. Eles suportam temperaturas extremas, radiação intensa e a falta de água por longos períodos. Isso levanta a intrigante possibilidade de que, mesmo em Marte, estas formas de vida possam encontrar um espaço para prosperar.

"Atualmente, as condições atmosféricas em Marte são hostis, limitando significativamente os habitats para a vida. No entanto, é possível que existam locais na superfície ou abaixo dela, que sejam mais adequados durante períodos climáticos favoráveis. Esses nichos podem atuar como santuários, protegendo a vida das adversidades,” disse um dos pesquisadores envolvidos no estudo, que foi publicado na respeitada revista IMA Fungus.

Este estudo é um marco crucial para entendermos como organismos podem se adaptar e sobreviver em Marte, e abre caminho para novas pesquisas. Contudo, será necessário aprofundar mais investigações para avaliar como a vida, incluindo os líquens, pode suportar longos períodos sob as condições drásticas do planeta vermelho antes que possamos aventar qualquer plano concreto para a colonização. A esperança está ressurgindo, e a exploração interplanetária nunca pareceu tão próxima!