Espaços Ambulatoriais: A Solução que Pode Transformar a Vida de Famílias com Doentes
2024-09-25
Autor: Maria
Maria do Socorro, uma jovem de apenas 20 anos, viveu um drama que muitas famílias enfrentam ao lidar com doenças como Alzheimer. Rejeitada e incompreendida no sistema prisional de São Paulo, sua trajetória revela os desafios enfrentados por aqueles que precisam cuidar de parentes com demência. Com fevereiro e dor de garganta, ela se viu presa em uma cela destinada a mulheres marginalizadas, pois sua única ‘culpa’ era ser a cuidadora de sua mãe, que, devido à idade avançada, enfrentava problemas de memória.
A dor de Maria não é isolada. Dados do IBGE mostram que a população idosa no Brasil aumentou drasticamente, especialmente entre aqueles com mais de 65 anos, que cresceram mais de 57%. Com quase 2 milhões de brasileiros com Alzheimer e mais de 70% dos casos subdiagnosticados, a situação é alarmante e pede atenção imediata.
A luta por cuidados não é apenas uma questão de saúde, mas também de sobrevivência emocional e financeira. No Brasil, muitas mulheres são forçadas a abandonar seus empregos para cuidar de familiares doentes, ávidas por um suporte que a maioria dos serviços públicos não consegue oferecer. As consequências são devastadoras: noites sem dormir, desgaste físico e emocional, além da desestruturação da família.
Um profundo clamor por soluções foi feito: a criação de espaços ambulatoriais onde essas pessoas pudessem ser deixadas durante o dia. Inspiradas pelo modelo de creches, essas instalações proporcionariam não apenas cuidados básicos, mas também estímulos cognitivos cruciais para retardar a evolução da demência. Esse tipo de cuidado poderia transformar a realidade de muitas famílias, permitindo que cuidadores possam voltar ao trabalho ou simplesmente ter um tempo para si mesmos.
As propostas soam como um sopro de esperança, mas a pergunta persiste: o que fazer quando a doença atinge estágios mais avançados? O dilema ético sobre a manutenção da vida em condições de dor e sofrimento levanta questões que não podem ser ignoradas.
Seja em debates na mídia, em mesas redondas ou em salas de espera, o cuidado com demências precisa ser uma prioridade no Brasil. O futuro de milhões de brasileiros depende da atuação proativa da sociedade e do governo para enfrentar este desafio de forma abrangente e humana.