Um grupo de 35 médicos plantonistas do Hospital L2 Norte (HL2), localizado na quadra 608 da Asa Norte, está em um verdadeiro desespero após denunciar que não recebem seus salários há quase seis meses! As alegações são graves, com valores acumulados ultrapassando R$ 70 mil, referentes aos plantões realizados entre abril e julho deste ano.

Os profissionais, que incluem muitos recém-formados, são contratados de maneira informal por escalistas, sem qualquer contrato formal que comprove sua relação de trabalho. Segundo os relatos, eles foram prometidos pagamentos em até 90 dias pós-plantão, mas desde abril enfrentam atrasos incessantes. Após as tentativas de contato com os representantes do hospital, a comunicação se tornou praticamente inexistente.

O valor pago por um plantão de 6 horas seria de R$ 700, enquanto um de 12 horas poderia chegar a R$ 1,4 mil. Contudo, os médicos relatam que, mesmo com esse acordo feito verbalmente, as promessas de pagamento foram desrespeitadas.

Uma profissional, que preferiu não se identificar, expressou sua indignação: 'Antes, o pagamento era feito pelo chefe do pronto-socorro, mas de abril em diante, zilhões de promessas foram feitas e nenhuma honrada. Estamos há quase seis meses sem previsão alguma de quando vamos receber.'

Além disso, os plantonistas informaram que, a partir de agosto, um novo sistema de pagamento foi implementado, onde as remunerações passaram a ser feitas diretamente pela administração do hospital, mas as dívidas de meses anteriores continuam pendentes e a comunicação só piorou.

De maneira alarmante, muitos médicos estão desistindo dos plantões, acreditando que nunca verão o dinheiro devido. O temor é que, ao parar de trabalhar, seus salários atrasados sejam esquecidos, levando ao estresse adicionais para os que permanecem.

Uma médica destacou: 'Realizamos uma paralisação em julho, mas durou menos de 24 horas. Prometeram que os pagamentos atrasados seriam colocados em dia e, apesar de denúncias ao sindicato, tudo continua na mesma. Quando ameaçamos novamente, dizem que temos que esperar até uma sexta-feira que nunca chega!'

Em meio a essa situação, o hospital iniciou uma reforma, levantando suspeitas entre os médicos de que está em processo de venda. 'Indigna ver que eles têm dinheiro para reformas, mas não para honrar nossos salários. Isso é inaceitável!', exclamou outra médica.

Com a saúde mental dos trabalhadores em risco e a humilhação constante de implorar pelo que é seu por direito, o clima no hospital é insustentável. O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) já confirmou que está ciente das denúncias e convocará uma reunião entre os médicos e a direção do hospital para discutir o problema.

**Dicas de Segurança Profissional**: O advogado trabalhista Luis Gustavo Nicoli recomenda que os médicos busquem informações sobre a saúde financeira do hospital onde trabalham e consultem assessoria jurídica quando necessário. Ele sugere que, para evitar surpresas como calotes, eles verifiquem o CNPJ do hospital e analisem reclamações anteriores na Receita Federal.

Por último, a reportagem não recebeu resposta do hospital a respeito das acusações até o fechamento deste texto, mas o espaço permanece aberto para possíveis esclarecimentos. O que ainda está por vir nesse escândalo da Asa Norte? Fique ligado!