Nação

Escândalo na Lei de Incentivo ao Esporte: PF Investiga Desvio de R$ 190 Milhões!

2024-09-30

Na manhã desta segunda-feira (30/9), a Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), desencadeou a operação Fair Play, visando desmantelar um esquema colossal de desvio de recursos da Lei de Incentivo ao Esporte. A operação abrangeu 13 mandados de busca e apreensão, emitidos pela 1ª Vara Criminal da Justiça Federal em Belo Horizonte, com a participação também da cidade de São Paulo.

As investigações revelaram desvio superior a R$ 190 milhões, principalmente ligados a associações esportivas. As autoridades já determinaram o bloqueio dos ativos financeiras dos envolvidos e impediram entidades investigadas de obter novas permissões para a execução de projetos esportivos.

Nesse esquema criminoso, que operou entre 2019 e 2023, as associações manejavam autorizações para captar recursos de empresas e pessoas físicas para projetos que deveriam ser beneficiados pela Lei de Incentivo ao Esporte. De acordo com a Justiça Federal, um ex-servidor do Ministério do Esporte, que foi exonerado há mais de quatro anos, é um dos principais suspeitos de liderar essa organização criminosa.

Os crimes estão relacionados ao uso indevido de verbas obtidas através da renúncia fiscal federal. As investigações tiveram início a partir de uma denúncia e envolveram a análise de documentos e informações sobre projetos executados entre 2019 e 2022 por cinco entidades sem fins lucrativos, sendo quatro delas localizadas em Belo Horizonte e uma em São Paulo.

Além disso, os investigadores descobriram evidências de que associações e empresas foram criadas com sócios em comum, visando para burlar as regras e limites da LIE (Lei de Incentivo ao Esporte), lançando diversos projetos que na verdade não eram executados.

As evidências indicam também que houve um direcionamento nas contratações de serviços para fornecedores próximos aos dirigentes das associações, com a utilização de empresas de fachada para emitir notas fiscais fictícias, simulando gastos que nunca ocorreram. Dessa forma, o grupo se apropriava indevidamente dos recursos obtidos.

As movimentações financeiras das entidades levantaram suspeitas de lavagem de dinheiro, e os envolvidos poderão ser acusados de crimes como peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem atingir até 30 anos de reclusão.

Esse caso vem à tona em um contexto onde a transparência na utilização de recursos públicos se torna crucial. A sociedade aguarda com expectativa os desdobramentos dessa investigação e o cumprimento da justiça. O que mais será revelado nessa trama que choca o mundo esportivo? Fique ligado!