Esportes

Escândalo na Copinha: Vasco denuncia homofobia e ameaças contra goleiro

2025-01-14

Autor: Pedro

O clima de hostilidade no futebol brasileiro voltou a ser evidenciado após o jogo entre Vasco e Juventus (SP) na Copinha. O goleiro do Vasco, Phillipe Gabriel, foi alvo de ataques homofóbicos e intimidações por parte da torcida do clube paulista, conforme registrado na súmula do árbitro Pablo Rodrigo Soares de Oliveira.

O jogo, que terminou com vitória do Vasco por 1 a 0, foi marcado por lamentáveis incidentes. A torcida do Juventus não apenas lançava gritos homofóbicos dirigidos ao goleiro durante as cobranças de tiros de meta, como também arremessou objetos, que incluíam um isqueiro, copos descartáveis e até um saco de pipoca.

O relato da arbitragem expôs ainda mais a grave situação: a namorada de Phillipe Gabriel também foi alvo de ofensas, com a torcida descobrindo seu nome através do Instagram e propagando ataques machistas nas redes sociais. Esse não é um fato isolado, visto que Philippe já havia enfrentado situações semelhantes em um jogo anterior contra o Nacional (SP), mas essas ofensas não foram citadas nas súmulas.

A situação se agravou fora do campo, onde dois dirigentes da equipe do Juventus, identificados como Luis Gricheno Júnior e Anderson Lima, foram acusados de ameaçar o árbitro após o término da partida. De acordo com o relato feito pelo árbitro, eles pediram acesso ao vestiário para uma conversa que foi negada. A súmula descreve que os dirigentes se exaltaram, proferindo ameaças como: “Vou acabar com a sua carreira, você nunca mais vai apitar na sua vida.” Ambos foram contidos pela polícia, evidenciando o clima de violência que envolve o futebol brasileiro.

Esses acontecimentos chocantes levantam a urgência de ações efetivas contra comportamentos homofóbicos e violentos em estádios e campos de futebol. O Vasco já informou à Federação Paulista de Futebol (FPF) sobre os incidentes, que agora serão analisados para possíveis punições ao clube do Juventus. A expectativa é que medidas severas sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito no futebol.

A Copinha, um torneio que deveria ser um espaço de formação e inclusão, agora se vê à sombra de episódios de preconceito e intimidação. A luta contra a homofobia no esporte deve ser prioridade, e a pressão por mudanças e pela proteção de todos os atletas é mais necessária do que nunca.