Na última sexta-feira (17), a jovem Andreza Klécia Freire De Oliveira, de 19 anos, moradora do bairro AABB, em Serra Talhada, fez uma grave denúncia de assédio durante um atendimento médico. O caso ocorreu por volta das 23h no Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam) e já foi registrado na Delegacia de Polícia Civil.

Andreza chegou ao hospital se queixando de fortes dores nas costas e uma sensação de queimação na região abdominal. Durante a consulta, o médico começou a fazer perguntas pessoais inapropriadas e pediu para que ela abrisse a calça, alegando que era necessário para um exame, mesmo sem ela apresentar sintomas nessa área.

A jovem se sentiu desamparada e em choque após o ocorrido, mas conseguiu contar o que aconteceu ao pai e irmãos, que a incentivaram a registrar um boletim de ocorrência. Ao retornar ao hospital para identificar o médico, Andreza foi informada de que deveria esperar pela assistente social, mas após mais de 30 minutos, foi desencorajada a continuar a busca por informações e teve seu pedido negado.

Em um relato emocionado, ela descreveu: "Eu fui para o hospital com dores, e o que aconteceu fez tudo isso ainda pior. Fui tratada de forma desrespeitosa. O médico me perguntou se eu era casada, me olhando de maneira desconcertante, e isso me deixou muito mal.".

Após a consulta, um segurança percebeu seu estado e chamou seu pai. Ao contar o que aconteceu, ambos foram ao hospital em busca de informações sobre a identidade do médico, mas não obtiveram sucesso. "Foi decepcionante, eles não queriam nos ajudar. Fui tratada como se o que aconteceu não fosse importante".

Conforme as informações do hospital, a administração emitiu uma nota afirmando que o médico foi desligado de suas funções e estão sendo tomadas as devidas providências para apurar a situação. O hospital reafirmou seu compromisso em proteger os direitos de seus pacientes e garantir que episódios de assédio não sejam tolerados.

Em um tempo em que cada vez mais mulheres estão se manifestando contra abusos, a coragem de Andreza em denunciar é um passo importante. O caso ganhará visibilidade e um grande alerta à população foi dado. A sociedade deve continuar apoiando e exigindo medidas concretas para que episódios assim não se repitam, e que todos, independentemente do cargo ou profissão, sejam responsabilizados por suas ações.

A comunidade de Serra Talhada agora observa de perto como as autoridades vão tratar este caso e espera que justiça seja feita.