247 – Um incêndio devastador que atingiu duas reservas ambientais em Brasília no mês passado foi causado por um bombeiro brigadista, segundo investigações da Polícia Civil do Distrito Federal. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, o homem, de 50 anos, teria provocado o fogo e ameaçado seus colegas enquanto tentavam combater as chamas, utilizando termos intimidantes como ‘facão’ e ‘bala’.

O incêndio, ocorrido em 12 de agosto, devastou 22 chácara de vegetação nativa e três nascentes, além de impactar áreas agrícolas e as Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Cafuringa e do Planalto Central. Este evento trágico representa não apenas uma perda ecológica significativa, mas também um golpe duro na luta pela preservação dos recursos naturais na região.

A Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) prendeu o suspeito na quarta-feira (18). Ele foi indiciado por incêndio e dano ambiental, crimes que podem resultar em pena de até 13 anos de prisão. Essa situação gera preocupações sobre a integridade e os riscos associados a profissionais que deveriam proteger o meio ambiente e a segurança pública.

Durante o depoimento, o acusado alegou que estava realizando uma queima controlada de galhos e lixo em uma chácara de propriedade de seu pai, mesmo sabendo dos riscos de propagação do fogo. Ele nega que as chamas iniciadas em sua propriedade tenham causado a devastação nas áreas adjacentes. Essa versão dos fatos levanta dúvidas e enfatiza a necessidade de maiores conscientizações e treinamentos para brigadistas em relação às práticas de manejo e prevenção de incêndios.

Enquanto Brasília enfrenta essa crise ambiental alarmante, especialistas em meio ambiente alertam que a preservação das áreas verdes é vital para a biodiversidade e o controle do clima na região. A sociedade se pergunta: até quando a irresponsabilidade individual vai prevalecer sobre a segurança coletiva? A luta pela justiça ambiental está apenas começando!