Ciência

Erro Matemático na Fórmula Tarifária de Trump Revela Falhas Críticas? Entidade Conservadora Fala Sobre o Tema!

2025-04-07

Autor: Fernanda

A fórmula tarifária apresentada pelo ex-presidente Donald Trump, que afetou as relações comerciais dos Estados Unidos com praticamente todos os países do mundo, está sendo alvo de críticas, até mesmo de economistas conservadores. A análise vem do American Enterprise Institute (AEI), que questiona a lógica por trás dos números utilizados na criação dessas tarifas.

Economistas como Kevin Corinth e Stan Veuger publicaram um artigo explicando que a fórmula não apenas carece de sentido econômico, mas também apresenta um erro que poderia inflacionar os percentuais aplicados. De acordo com eles, o governo dos Estados Unidos afirma que a tarifação é recíproca, mas na prática isso não se sustenta. A fórmula utilizada teria como base a divisão do déficit comercial dos EUA pelas importações de determinado país, algo que, segundo os pesquisadores, penaliza até mesmo países que têm superávit com os EUA.

Por exemplo, se os Estados Unidos importam US$ 100 milhões de um país e exportam apenas US$ 50 milhões, isso resulta em uma diferença de US$ 50 milhões, que estaria sujeita a uma "tarifa equivalente de 50%". Assim, a administração aplicaria apenas metade, ou 25%, como medida "recíproca". É aqui que os pesquisadores veem uma grande falha. O déficit comercial não é feito apenas de tarifas, mas também é influenciado por outros fatores, como fluxos de capital, cadeias globais de suprimento e vantagens comparativas.

Os economistas do AEI também destacam um erro matemático crítico que pode superestimar os valores das tarifas. O governo utilizou uma elasticidade da demanda que ignora elementos essenciais, fazendo com que os números apresentados não sejam confiáveis. Eles ressaltam que a elasticidade correta deveria ser baseada nos preços de importação e não dos preços de varejo. Isso sugere que, ao corrigir a elasticidade de 0,25 para um valor mais realista próximo de 1, as tarifas poderiam cair para cerca de 14% ou menos, sendo que para a maioria dos países o percentual seria exatamente de 10% — o mínimo estabelecido pela administração na época.

Além disso, mesmo com a correção, os economistas do AEI afirmam que a fórmula continua insustentável do ponto de vista teórico e jurídico, o que levanta preocupação sobre a precisão e a lógica que fundamentaram decisões importantes de política comercial. Essa situação reforça a importância de uma análise crítica e transparente em relação a medidas econômicas, especialmente em um cenário global onde as relações comerciais são cada vez mais complexas e interconectadas. Essa discussão é vital para garantir que os interesses dos cidadãos americanos sejam protegidos enquanto se promove um comércio justo e equilibrado.