Enfermeira Descobre Câncer Raro Após Confundir Sintomas Com Gastrite: O Que Você Precisa Saber!
2024-11-05
Autor: Gabriel
A enfermeira Vivian Groppo, de 41 anos, viveu um verdadeiro pesadelo ao descobrir que suas dores abdominais, azia, náuseas e perda de apetite — que inicialmente pareciam sintomas de gastrite — eram, na verdade, sinais de um câncer raro e silencioso: o tumor neuroendócrino (TNE). Esse tipo de câncer pode se originar em diversos órgãos, incluindo intestinos, pulmões, pâncreas e estômago, e muitas vezes é diagnosticado tardiamente devido à sua natureza discreta.
Surpreendentemente, a origem dessa doença está nas células neuroendócrinas presentes ao longo do corpo. A agressividade do TNE varia conforme o local de aparecimento e a presença de metástases. Em alguns casos, os tumores são lentos e menos perigosos, enquanto outros podem se espalhar rapidamente.
Um estudo recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelou que, entre 2000 e 2019, o Brasil registrou 15.859 diagnósticos de tumores neuroendócrinos. Infelizmente, 24,4% dos pacientes acompanhados em um estudo morreram devido à doença. A pesquisa também indicou que 63,3% dos casos foram registrados em pessoas com menos de 65 anos, e mais da metade dos diagnósticos ocorreu quando a doença já estava em estado avançado, ou seja, com metástases.
Vivian, com seu conhecimento como enfermeira, iniciou um tratamento medicinal para gastrite, mas, após seis meses de sintomas persistentes em 2020, decidiu realizar uma endoscopia. Foi nesse exame que ela recebeu a chocante notícia: uma lesão tumoral foi identificada. Inicialmente, o TNE não apresentava metástases e pôde ser tratado com cirurgia. No entanto, meses depois, uma ressonância revelou o retorno da doença com metástases no fígado, levando Vivian a iniciar uma terapia-alvo, já que ela não se adaptou bem à quimioterapia.
Mãe de três filhos, Vivian expressa sua luta diária: "Negocio todos os dias com Deus, com minha médica e com o meu remédio para que eles me deixem ficar aqui o máximo de tempo possível para que eu possa ver as crianças crescerem." Esse apelo emocional reflete a dor vivida por inúmeros pacientes enfrentando a incerteza de um câncer raro e potencialmente incurável.
Com o aumento dos diagnósticos de tumores neuroendócrinos globalmente — razão pela qual reconhecer os sintomas é fundamental — Rachel Riechelmann, líder do Centro de Referência de Tumores Neuroendócrinos do hospital A.C. Camargo, alerta: "Os médicos precisam estar atentos aos sinais de câncer, pois é fácil confundi-los com doenças mais comuns e tratáveis."
Os sintomas a serem observados incluem diarreia persistente, que pode ser confundida com distúrbios intestinais comuns, além de vermelhidão facial associada à produção do hormônio serotonina. Identificar esses sinais precocemente é essencial para um diagnóstico efetivo e um tratamento adequado.
É importante ressaltar que as chances de cura variam significativamente de acordo com o tipo e estágio do tumor. Quando diagnosticados precocemente, as taxas de cura podem chegar a 90%. Contudo, para aqueles com diagnósticos em estágios avançados, o tratamento pode prolongar a vida, mas a cura pode não ser viável.
Além disso, fatores genéticos, como a síndrome de múltiplos neoplasmas endócrinos e a neurofibromatose tipo 1, podem aumentar a predisposição ao desenvolvimento desses tumores. A informação é uma poderosa aliada na luta contra o câncer: esteja atento ao seu corpo e busque ajuda médica ao notar sintomas suspeitos!