A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo), que representa aproximadamente 502 mil empresas em todo o estado, enviou um ofício ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na última terça-feira (7), exigindo ações imediatas para solucionar o que classificam como "graves problemas ambientais, sanitários e de segurança pública" no litoral paulista.

Os empresários estão alarmados com três problemas principais: a escassez de água no litoral norte, a crescente incidência de viroses no litoral sul e os perigosos arrastões que têm ocorrido em Guarujá. A Fhoresp ressalta que essa combinação de problemas, que já vem se repetindo há várias temporadas, se agravou significativamente neste início de ano.

"As consequências desta situação são devastadoras para o turismo, com um claro comprometimento da imagem da região. Já estamos percebendo um aumento nos cancelamentos de reservas, não apenas em hotéis e pousadas, mas também em locações residenciais de temporada, o que pode afetar não somente este verão, mas todo o ano de 2025", alertam os empresários.

O ofício destaca a importância do turismo para a economia da região, especialmente na alta temporada quando os empresários realizam investimentos significativos em contratações e estoques, preparando-se para um aumento no fluxo de turistas.

Em resposta aos apelos do setor, a administração de Tarcísio afirmou manter um diálogo constante com os empresários e está comprometida em fomentar a indústria do turismo, essencial para a geração de emprego e renda no litoral paulista.

Para enfrentar a questão da segurança, mais de 3.000 policiais militares foram deslocados para o litoral, focando em patrulhamento preventivo e ostensivo. A administração afirmou que as ações policiais foram intensificadas durante todo o ano, com um monitoramento especial das áreas com maior incidência criminal.

Relação com dados de segurança, as ações implementadas conseguiram uma redução de 35% no número de roubos e furtos na Baixada Santista durante as festas de fim de ano, segundo a nota do governo. Foram registrados 1.043 boletins de ocorrência entre 21 de dezembro e 3 de janeiro, comparado a 1.622 casos no ano anterior.

Quanto às questões de saúde pública, o governo afirmou que a Secretaria de Estado da Saúde está atenta ao aumento de contaminações na região e realizou reuniões com os municípios esta semana para discutir e implementar medidas adequadas. "Estamos reforçando a importância dos cuidados preventivos na população, essenciais para minimizar os casos de doenças transmitidas por água e alimentos", finalizou a nota.

A situação é preocupante e exige atenção imediata, pois o sucesso do turismo na região não só impacta a economia local, mas também a qualidade de vida dos cidadãos e visitantes. Empresários e moradores clamam por soluções eficazes e rápidas para reverter este cenário desolador.