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Empreiteiro Liberto Após Entregar Celular do Filho à Polícia Federal

2025-09-04

Autor: Matheus

Liberdade em meio à polêmica

O juiz federal Fleury Neto, da 4ª Vara Federal do Amapá, decidiu libertar o empresário Rodrigo Queiroz, dono da Santa Rita Engenharia e da Gama, empresa envolvida na construção do Hospital Municipal da Zona Norte. A libertação foi determinada após o juiz concluir que Rodrigo exerceu seu direito de não se incriminar ao se recusar a entregar seu celular aos agentes da Polícia Federal.

Abordagem inusitada

Durante uma operação, os policiais se dirigiram à residência de Rodrigo, mas foram informados pela esposa que ele estava em uma academia nas proximidades. Ao sair do local, foi abordado, mas não portava nenhum celular. No entanto, posteriormente, durante o cumprimento de um mandado, entregou um telefone que, segundo a esposa dele, era do filho do casal.

Inconsistências e confusões

Rodrigo apresentou versões conflitantes sobre o paradeiro de seu próprio celular, afirmando que poderia estar na sede da Gama ou que o havia descartado no banheiro da academia. Apesar de buscas na academia, o celular verdadeiro não foi localizado e o empresário acabou preso por tentar obstruir as investigações, passando a noite no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

A prova visual impactante

Um vídeo de segurança do elevador do condomínio onde Rodrigo reside revelou que, às 5h30 da manhã, ele estava utilizando um celular, o que contradiz suas alegações.

Decisão do juiz

Ao relaxar o flagrante, o juiz comentou: "O aparelho celular é bem particular do investigado, inserido em sua esfera de disponibilidade patrimonial. A Constituição da República assegura o direito à não autoincriminação, que impede a exigência de colaboração ativa do investigado para produção de provas contra si".

Suspeitas na Operação Paroxismo

A investigação da PF e do MPF faz parte da Operação Paroxismo, que acusa a empresa de Rodrigo de ser favorecida em um processo licitatório fraudulento, utilizando empresas laranjas sem capacidade técnica para realizar uma obra de R$ 63 milhões.

Prefeito também envolvido

O prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), foi alvo de um dos 11 mandados de busca expedidos nesta operação, mas até o momento, não se manifestou publicamente sobre os acontecimentos.