Recentemente, durante uma entrevista dada no contexto do G20, um líder europeu fez declarações impactantes sobre o estado atual da democracia global, destacando a importância da Aliança contra a Fome proposta pelo Brasil. Ele enfatizou que, em um cenário onde a democracia e seus valores estão ameaçados, especialmente com as iminentes eleições nos EUA, é crucial agir.

"A Aliança Global é um passo necessário e pode sinalizar um compromisso não apenas do G20, mas também de outros países e da sociedade civil. Agora é o momento de transmitir essa mensagem de urgência", afirmou ele. A iniciativa tem como objetivo erradicar a fome através de abordagens sustentáveis, refletindo uma preocupação crescente com a insegurança alimentar, crise que afeta milhões ao redor do mundo.

Adicionalmente, o entrevistado discutiu a interconexão entre fome, pobreza e democracia, afirmando que "não podemos apenas fazer apelos emocionais; precisamos de resultados concretos e imediatos". Ele alertou que a situação atual é alarmante e que a recente eleição nos EUA serve como um indicativo de que ações precisam ser tomadas para fortalecer o multilateralismo, essencial para abordar as crises globais.

A desigualdade foi outro tema central da discussão. A liderança europeia destacou que sociedades mais justas tendem a ter democracias mais estáveis, e o crescimento da desigualdade é talvez a maior ameaça que enfrentamos. "Com 57% dos trabalhadores no setor informal, a desigualdade está em níveis alarmantes. Se não enfrentarmos isso rapidamente, estaremos aumentando a base de apoio para o populismo e extremismo de direita", disse.

O entrevistado também se mostrou favorável à ideia de tributar grandes fortunas como uma das soluções para a crescente desigualdade. Ele defendeu que tal medida poderia equilibrar a distribuição de riqueza e garantir que todos, não apenas os ultrarricos, tenham uma voz na sociedade. O apoio a essa proposta está crescendo entre economistas em várias nações, indicando um movimento rumo a políticas fiscais mais equitativas.

Por fim, ele elogiou os esforços do governo Lula no Brasil para restaurar estruturas democráticas, destacando a necessidade de empoderar a sociedade civil na formulação de políticas públicas, um elemento chave para o fortalecimento da democracia.

A mensagem ao final era clara: a União Europeia, no contexto do G20, busca um compromisso forte que transcenda as questões econômicas tradicionais, enfatizando que o bem-estar social deve ser central para todas as discussões. Com a saúde da democracia em jogo, o momento não poderia ser mais crítico.