A pergunta que está na mente de muitos é: como Donald Trump e o Partido Republicano reagirão se forem derrotados em uma eleição tão competitiva, marcada por uma avalanche de desinformação e fake news? Tudo indica que, seguindo a estratégia do partido até agora, haverá reivindicações sobre fraude eleitoral e a legitimação dos resultados será questionada.

Na verdade, os republicanos já começaram a semear essas dúvidas antes mesmo do término da votação. A segurança em Washington será intensificada, com um contingente elevado de agentes e policiais, uma medida tomada devido ao temor de possíveis atos de violência após o anúncio dos resultados.

Além disso, é interessante notar que, embora a inflação e a crise econômica tenham sido questões centrais durante a campanha, a dinâmica emocional está mudando rapidamente à medida que se aproxima o dia da votação. O clima de euforia que predominou no Partido Democrata após Kamala Harris liderar as pesquisas está se transformando em apreensão, com as possíveis reações de Trump alimentando um cenário de incertezas.

Nas últimas semanas, Trump conseguiu recuperar parte do eleitorado e subiu em popularidade nas pesquisas, o que torna qualquer previsão sobre o vencedor futura completamente incerta. Não podemos esquecer que esses eventos estão ocorrendo em um clima de polarização extrema na política americana.

Enquanto isso, do lado do governo brasileiro, há a ideia de que uma eventual vitória de Trump não influenciará os processos contra Jair Bolsonaro. Um ministro do STF afirmou que as investigações em curso contra o ex-presidente brasileiro não serão afetadas por uma possível vitória de Trump, descartando qualquer conexão entre os dois contextos.

Tales Faria, outro colunista, expressou sua preocupação com o que uma vitória de Trump poderia significar para o Brasil, ressaltando o potencial retorno de Bolsonaro ao poder. Ele alertou que as instituições brasileiras estão em estado de alerta após os ataques de Bolsonaro à democracia e ao STF durante seu governo.

As discussões sobre anistia para Bolsonaro estão longe de serem favoráveis, e a expectativa é de que as instituições mantenham sua postura firme, sem ceder às pressões. Portanto, a vitória de Trump, se ocorrer, poderá servir de alerta, mas muito provavelmente não será a salvação para Bolsonaro, uma vez que as instituições brasileiras aprenderam com os desafios do passado. O futuro das eleições nos EUA e suas repercussões globalmente, incluindo no Brasil, poderia se tornar um divisor de águas em várias esferas.