Eleições do Flamengo: Justiça concede liminar para chapa de Rodrigo Dunshee após irregularidades no processo
2024-11-04
Autor: João
O tumultuado processo eleitoral no Flamengo chega a mais um desfecho intrigante
Com as eleições programadas para o dia 09 de dezembro, o clima nos bastidores do Flamengo está cada vez mais tenso. Nesta segunda-feira (04), a 42ª Vara Cível do Rio de Janeiro emitiu uma liminar a favor de Diogo Lemos, um dos membros da chapa encabeçada por Rodrigo Dunshee, após a detecção de irregularidades significativas no processo eleitoral.
Informações do jornal ‘O Globo’ indicam que a Justiça aceitou uma 'ação de produção antecipada de provas' contra o Conselho de Administração do Flamengo. Com essa decisão, a comissão diretiva do clube rubro-negro é obrigada a fornecer toda a documentação solicitada.
ENTENDA O CASO:
No final de outubro, Diogo Lemos, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente de gabinete do Flamengo e é um dos pilares da candidatura de Rodrigo Dunshee, protocolou um recurso junto ao Conselho de Administração do clube. O principal foco da discórdia gira em torno da inclusão de 12 associados que estavam inadimplentes até 31 de agosto - data limite para regularização das pendências - na Relação de Eleitores, autorizada pela Comissão Permanente Eleitoral.
Um dos associados inadimplentes era Rodrigo Tostes, que conseguiu quitar sua dívida antes do prazo final. Curiosamente, Tostes ocupou a vice-presidência de finanças do Flamengo durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello e, atualmente, está vinculado à candidatura de Luiz Eduardo Baptista, o BAP. Essa conexão levanta ainda mais questões sobre a legitimidade das ações da Comissão Eleitoral, que, segundo Lemos, foi alterada de maneira deliberada pelo BAP, visando beneficiar certos candidatos.
Lemos denunciou: “A Comissão Eleitoral, cuja composição foi mudada propositalmente quando o BAP já se anunciava como candidato, permitiu que 12 pessoas inadimplentes fossem incluídas na Relação de Eleitores, mesmo após o prazo final de 31 de agosto. Essa situação é inaceitável e fere o estatuto do clube.”
Em uma situação similar, em 2021, Rodrigo Tostes também estava em débito na mesma data de corte e não pôde votar ou ser votado, levantando a questão da desigualdade de tratamento entre os associados.
SITUAÇÃO ATUAL:
Com essas revelações, o futuro imediato do processo eleitoral do Flamengo permanece incerto. O Conselho Administrativo do clube está prestes a avaliar o recurso apresentado por Diogo Lemos (UniFla) em sua próxima reunião. Se a proposta for aprovada, 12 associados podem ser excluídos da lista de eleitores, o que certamente repercutirá nas eleições e nas futuras articulações políticas dentro do clube.
O Flamengo vive um momento crítico, onde as decisões tomadas nos próximos dias podem moldar os rumos do clube rubro-negro nos próximos anos. O apelo por transparência e justiça se intensifica entre os torcedores e associados, que acompanham ansiosos cada passo deste conturbado processo eleitoral.