A percepção de que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses atingiu um alarmante índice de 56%, sendo o maior desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses dados vêm de uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, divulgada na última quarta-feira (2/7).

Comparando com o levantamento realizado em janeiro, onde apenas 39% dos entrevistados acreditavam que a economia havia piorado, o aumento é chocante: 17 pontos percentuais. Apenas 26% opinam que a situação econômica se manteve estável, e um tímido 16% veem melhoras.

A pesquisa, que entrevistou 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 27 e 31 de março, revela um cenário de incerteza. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, fica claro que a insatisfação é um sentimento compartilhado por muitos.

Entretanto, não está tudo perdido! Uma esperança se mantém: 44% dos entrevistados acreditam que nos próximos 12 meses a economia pode melhorar, enquanto 34% temem que a situação piore ainda mais. Uma batalha entre otimismo e pessimismo parece estar em curso.

Medidas Econômicas: O que Está Sendo Feito?

Sobre as ações do governo para conter a alta nos preços dos alimentos e as propostas de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a maioria dos brasileiros não vê um impacto significativo. Apenas 48% acreditam que a promessa de redução da tarifa de importação para produtos da cesta básica será efetiva, enquanto 45% acham que essa medida não ajudará em nada.

Além disso, 51% dos entrevistados consideram que a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda proporcionará apenas uma "pequena melhora" nas finanças pessoais, enquanto 33% enxergam isso como uma "melhora importante" na sua renda.

Curiosamente, a ideia de uma tributação mínima sobre os chamados super-ricos ganhou apoio considerável: 59% concordam com essa proposta, enquanto 31% se mostram contrários.

Esse descontentamento abre um leque de discussões sobre o futuro econômico do Brasil. Quais são as alternativas que o governo pode considerar? Os profissionais de economia alertam que medidas mais audaciosas podem ser necessárias para reverter essa onda de pessimismo e trazer de volta a confiança dos cidadãos.