Saúde

Drama de diarista com câncer avançado: INSS nega auxílio e família clama por justiça

2024-12-20

Autor: Maria

Um laudo médico preocupante assinado por uma oncologista do Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, revelou a gravidade do câncer de mama de Rosinéia Gonçalves Alvarenga, de 58 anos. A diarista, que já passou por duas cirurgias e iniciou um tratamento agressivo, viu seu pedido de auxílio-doença ser negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A história de Rosinéia, que vive em Belo Horizonte, foi revelada pelo programa Itatiaia Agora, e está despertando indignação nas redes sociais.

O documento médico destaca que Rosinéia foi diagnosticada com carcinoma ductal invasor da mama direita grau 3 e que, após uma cirurgia realizada em julho, iniciou um tratamento quimioterápico que, segundo os médicos, está apresentando efeitos colaterais significativos, como mucosite e neutropenia. Mesmo com a gravidade de sua condição e a apresentação de todos os exames necessários, o INSS indeferiu seu pedido de auxílio.

Sem trabalho desde março, Rosinéia tem enfrentado dificuldades financeiras e conta apenas com a ajuda de vizinhos, familiares e amigos que ela conheceu ao longo de 30 anos de trabalho duro. "Preciso de auxílio, mesmo que por um tempo, até conseguir voltar ao trabalho. Não quero depender do INSS, quero ser independente", desabafou.

Sua única filha, Thaciany Alvarenga, de 28 anos, expressou a sensação de desamparo da família, afirmando que cresceu em um lar que valorizava o trabalho e a autossuficiência. Ela relatou que essa situação está afetando emocionalmente todos da casa, especialmente Rosinéia, que sempre foi uma trabalhadora exemplar.

A resposta do INSS foi de que Rosinéia não tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), que é destinado a pessoas com deficiência ou idosos em situações extremas de vulnerabilidade social. O INSS também alegou que Rosinéia não comprovou contribuições necessárias ao longo dos anos, uma alegação que ela contesta, afirmando ter contribuído por quase duas décadas, mesmo que tenha passado por um período sem pagar.

É importante ressaltar que a política do INSS em relação aos benefícios de incapacidade temporária é bastante rígida. Para conseguir o auxílio, o segurado precisa comprovar não apenas a presença da doença, mas também a capacidade reduzida para o trabalho e ter cumprido com todas as exigências de contribuições. Rosinéia, em desespero, tenta encontrar formas de reverter essa situação e recuperar sua dignidade.

A luta de Rosinéia expõe uma questão crítica enfrentada por muitos brasileiros que dependem da assistência do INSS. O caso tem gerado discussões sobre a moralidade e a eficácia do sistema de seguridade social no país, onde muitos se sentem abandonados em momentos de necessidade. A sociedade aguarda que a situação de Rosinéia encontre resolution rápida, e que ela possa voltar a ter sua vida normalizada.