
Dólar oscila no início da semana com expectativas em torno das tarifas recíprocas de Trump; Ibovespa em queda
2025-03-31
Autor: Lucas
Na manhã desta segunda-feira (2), o mercado financeiro brasileiro observa a oscilação do dólar em meio às expectativas sobre o anúncio de tarifas recíprocas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O anúncio, prometido para esta quarta-feira, deve revelar como essas tarifas serão implementadas sobre produtos importados de diversos países.
Durante uma entrevista a jornalistas a bordo de seu avião presidencial, Trump afirmou que as tarifas não se restringirão a um grupo seleto de 10 a 15 países, como havia sido anteriormente sugerido por seu assessor econômico, Kevin Hassett, mas abrangerão todos os países.
A imposição de tarifas de importação é uma das principais promessas da campanha de Trump e já resultou na aplicação de taxas sobre mercados parceiros como México e Canadá. Além disso, ele também sinalizou taxas sobre produtos específicos de países como a China e na União Europeia, incluindo automóveis e aço.
O receio no mercado é que a imposição dessas tarifas inicie uma guerra comercial global, onde outras nações poderiam retaliar com elevações em suas próprias tarifas, levando a um aumento nos preços dos produtos e uma possível desaceleração econômica global.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou a semana apresentando uma queda significativa. Às 10h20, o dólar registrava uma leve queda de 0,22%, sendo cotado a R$ 5,7472, depois de uma alta de 0,13% na última sexta-feira, quando fechou a R$ 5,7596.
Com isso, o dólar acumula alta de 0,61% na semana, mas um recuo de 2,77% no mês e uma perda de 6,92% em 2023.
Em relação ao Ibovespa, o índice estava em 130.809 pontos, enquanto na passada fechou em 131.902 pontos, totalizando uma queda de 0,33% na semana, mas um aumento de 7,41% no mês e um ganho de 9,66% no ano.
Os investidores globalmente estão em alerta com a situação, com muitos buscando refúgio em ativos mais seguros, como o dólar, enquanto a incerteza sobre as tarifas recíprocas aumenta a aversão ao risco. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, enfatizou que a guerra comercial poderá levar a Europa a buscar mais autonomia em seus acordos e aparecer menos dependente dos EUA, destacando a necessidade de um posicionamento forte frente à iminente pressão tarifária.
Na expectativa do anúncio de Trump, a confiança e a estabilidade nos mercados continuam em jogo, e os próximos dias poderão ser cruciais para definir a direção econômica global.