A sessão dessa quinta-feira é marcada pela volatilidade do dólar, que subiu após uma forte queda na véspera, em reação às eleições de Donald Trump nos Estados Unidos. Investidores estão atentos à decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) e ao pacote fiscal anunciado pelo governo brasileiro.

O início do dia foi levemente positivo, mas o dólar comercial sofreu uma queda, atingindo uma mínima de R$ 5,63. Essa movimentação ocorreu enquanto os investidores ajustavam suas posições diante da vitória de Trump e da perspectiva de um Comitê de Política Monetária (Copom) mais rígido, que recentemente elevou a taxa Selic para 11,25%.

Entretanto, a expectativa em torno da decisão do FOMC, marcada para as 16h, e o pacote fiscal do governo geraram um aumento no nervosismo do mercado, fazendo com que cotações subissem novamente, superando a casa dos R$ 5,70.

Analistas preveem que o Federal Reserve deve reduzir a taxa de juros em 25 pontos-base ao final de sua reunião, mas um comunicado mais detalhado pode ser necessário devido ao cenário econômico volátil potencial sob um segundo mandato de Trump.

Às 13h38, o dólar à vista subia 0,46%, alcançando R$ 5,700 na compra e R$ 5,701 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro registrava uma leve queda de 0,08%, a 5.722 pontos. No dia anterior, o dólar havia fechado em baixa de 1,21%, cotado a R$ 5,6774.

No que diz respeito ao dólar comercial, as cotações são as seguintes: - Compra: R$ 5,700 - Venda: R$ 5,701

Já o dólar turismo apresenta: - Compra: R$ 5,715 - Venda: R$ 5,895

Os investidores estão monitorando a situação fiscal do Brasil, na expectativa do anúncio de medidas para conter gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que uma reunião estava prevista para o início da manhã de quinta-feira, onde o governo discutiria os detalhes do pacote fiscal. Haddad mencionou que dois “detalhes” ainda precisavam ser debatidos.

Quando questionado sobre a possibilidade de apresentar o pacote após a reunião, o ministro disse que dependeria da decisão do presidente Lula sobre a apresentação aos líderes do Congresso, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. Inicialmente, o governo pretendia lançar o pacote na última quarta-feira, mas houve atrasos relacionados a uma reunião no Palácio do Planalto para discutir questões ambientais.

As oscilações do dólar, combinadas com as incertezas políticas e econômicas, estão criando um ambiente de grande expectativa no mercado. A percepção do mercado em relação a uma política fiscal sólida pode ser crucial para a estabilidade econômica do Brasil nos próximos meses. Será que o Brasil estará pronto para enfrentar essa tempestade fiscal? Fique ligado!