Nesta sexta-feira (27), o dólar comercial encerrou suas negociações com leve alta em relação ao real. O movimento aconteceu em meio aos impactos de dados econômicos relevantes divulgados no Brasil, incluindo o IPCA-15 de dezembro e os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Durante a sessão, a moeda americana atingiu um valor mínimo de R$ 6,171 e uma máxima de R$ 6,215. No fechamento, o dólar à vista foi cotado a R$ 6,193, registrando uma alta de 0,24%. Às 17h01, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subiu 0,27%, atingindo 6.210 pontos.

Em um leilão realizado, o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional, focado na rolagem do vencimento que ocorrerá em fevereiro de 2025. Na quinta-feira, na última negociação, o dólar havia fechado em baixa de 0,11%, cotado a R$ 6,1779, após o Banco Central também vender 3 bilhões de dólares em um leilão.

Os dados que impactaram o câmbio foram significativos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reportou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,34% em dezembro, após uma alta de 0,62% no mês anterior. Além disso, a taxa de desemprego no Brasil, referente ao trimestre encerrado em novembro, permaneceu em 6,1%, de acordo com o IBGE, alinhada às expectativas dos economistas.

O Ministério do Trabalho e Emprego também trouxe notícias importantes: foram abertas 106.625 novas vagas formais em novembro, bem abaixo da expectativa de criação líquida de 129.500 vagas, segundo pesquisa da Reuters. Esse foi o menor saldo de contratações para o mês desde 2019, quando apenas 99.232 novas vagas foram abertas.

Além das cifras, a instabilidade na política fiscal do governo Lula continua a provocar preocupação entre investidores, o que tem influenciado as cotações do dólar ao longo deste final de ano. Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, destacou: "O que mais tem movido o mercado nas últimas semanas é a expectativa sobre a trajetória da política fiscal no Brasil".

A realidade do câmbio e as repercussões da política econômica têm gerado apreensão e incertezas no mercado. Fique atento para mais atualizações, pois a oscilação do dólar pode impactar diretamente o seu bolso!