Nesta quarta-feira, o dólar está em forte desvalorização, atingindo os menores níveis em mais de um mês, com uma mínima intradia de R$ 5,9280. Por volta das 12h45, a moeda americana recuava 1,45%, cotada a R$ 5,9425.

Mas o que está causando essa queda significativa? A resposta está ligada ao novo presidente dos EUA, Donald Trump. Havia uma expectativa de que ele assinaria ordens executivas para a imposição de tarifas comerciais agressivas contra diversos países, entre eles o Brasil. No entanto, até o momento, nenhuma medida drástica foi implementada. Embora Trump tenha anunciado tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México, a taxação sobre produtos chineses ficou em 10%, muito abaixo das previsões do mercado.

Além disso, Trump indicou que as tarifas sobre produtos chineses poderão depender de um acordo relacionado à propriedade do TikTok, gerando um ambiente de incerteza que se transformou em otimismo para os mercados globais. Os investidores estavam temerosos com a possibilidade de tarifas mais severas, mas a perspectiva de uma abordagem mais moderada acalmou os ânimos.

Isso culminou em um movimento de correção técnica nos mercados de câmbio global, onde muitos investidores começaram a apostar na desvalorização do dólar, buscando reduzir suas exposições à moeda americana.

No Brasil, a situação é favorável, com relatos de entrada significativa de dólares. O fluxo de investimento estrangeiro na B3, a bolsa de valores brasileira, se mostrou positivo com um montante de US$ 1,4 bilhão nos últimos cinco dias. Esse movimento é evidenciado pela venda da participação da Cosan na Vale, que movimentou R$ 9,1 bilhões em uma operação de "block trade", contribuindo para uma das maiores entradas de dólares em mais de 20 anos.

Cristiano Olivieira, economista-chefe do Banco Pine, destacou que essa entrada de dólares ocorre após um período de fluxo negativo de US$ 6,6 bilhões apenas em 2024. Os sinais são claros: o otimismo no mercado e a redução nas tarifas comerciais podem continuar a impactar positivamente a economia brasileira. Não perca! O que mais poderá acontecer com o dólar e as iniciativas de Trump nos próximos dias?