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Dólar e Juros Futuros: Surpreendente Queda Mesmo com Tarifas dos EUA ao Brasil

2025-04-03

Autor: Carolina

Recentemente, o mercado financeiro brasileiro tem se mostrado resiliente, mesmo com a imposição de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Participantes do mercado, em expressivas entrevistas, afirmam que o impacto direto nas exportações é considerado menor, especialmente em relação à China, que enfrenta sobretaxas bem mais elevadas, chegando a 34%. Isso coloca o Brasil em uma posição vantajosa no cenário internacional.

Com a recente queda dos preços das commodities, houve uma surpreendente desvalorização do dólar, que recuou mais de 1% no mercado à vista, operando em torno de R$ 5,60. Especialistas acreditam que isso beneficiará o Banco Central na busca pela meta de inflação de 3%, refletindo em juros futuros que caem significativamente, especialmente nos prazos mais curtos. Essa tendência de queda nos juros acontece mesmo quando as taxas de títulos do Tesouro americano sofrem uma leve queda, apontando uma bolha nas expectativas do mercado.

Outro fator que tem contribuído para essa situação é a mudança nas apostas no mercado de derivativos. A diminuição das posições compradas em dólar sugere um ajuste nas expectativas dos investidores que antes apostavam na valorização da moeda americana. Além disso, influências externas, como o aquecimento da economia americana, estão sendo reavaliadas à luz das recentes decisões de política tarifária, que podem trazer incertezas para o crescimento econômico futuro dos EUA.

No cenário das trocas de capital, a tendência exitante aponta para uma realocação de investimentos, onde os investidores, antes focados no mercado acionário americano, agora estão direcionando seus recursos para a Europa e América Latina. O Ibovespa, por exemplo, já registra um crescimento de 9% neste ano, sinalizando atração de investidores para o Brasil.

Essa mudança de rota no fluxo de capitais também se dá pelo fato de que as tarifas, sendo menos severas no Brasil, tornam os ativos locais mais atrativos em comparação a outros mercados emergentes. Com empresas reagindo a possíveis quedas nos lucros e consumidores adiando planos de compras, isso se traduz em uma desaceleração da atividade econômica nos EUA, contrastando com a perspectiva de estabilidade no Brasil.

Por fim, a expectativa de um Brasil menos impactado pelas tarifas americanas e um dólar em desvalorização podem criar um ambiente atrativo para novos investimentos. Com tudo isso, fica o alerta: o que mais pode acontecer com o mercado financeiro nos próximos meses?