Dólar em queda livre pela terceira vez consecutiva

Nesta sexta-feira, o dólar amargou sua terceira sessão de queda em comparação ao real, impulsionado por dados decepcionantes do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que reforçam as expectativas de um corte nos juros pelo Federal Reserve este mês. Especialistas acreditam que essa movimentação pode abrir ainda mais oportunidades para investidores.

Mercado em alta com a expectativa de cortes de juros

A possibilidade de redução nas taxas de juros nos EUA aumenta o carry trade — uma estratégia onde investidores pegam empréstimos em países com juros baixos para investir em nações com juros mais altos, como o Brasil. Isso pode atrair novos recursos para economias emergentes, incluindo a nossa.

Cotações do dólar nesta sexta-feira

A moeda americana à vista encerrou a sessão com uma queda de 0,61%, sendo negociada por R$ 5,4139. Isso representa uma desvalorização de 1,11% apenas nos últimos três dias. Ao longo da semana, a divisa se moveu para baixo em 0,15%, e no acumulado do ano já apresenta uma redução de 12,38%.

Cenário do dólar comercial e turismo

Dólar comercial: Compra e venda a R$ 5,413. Dólar turismo: Compra a R$ 5,418 e venda a R$ 5,598.

Reação dos mercados aos dados do payroll

A sessão começou em queda, já que os investidores aguardavam ansiosamente os dados do relatório payroll. Quando os números foram divulgados às 9h30 e mostraram uma criação de apenas 22 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em agosto, abaixo das 75 mil vagas esperadas, a queda das cotações se acentuou.

Impacto nos rendimentos dos Treasuries

Após a divulgação, os rendimentos dos Treasuries caíram, abrindo caminho para que o Fed, de fato, considere um corte de juros neste mês. O rendimento do Treasury de dois anos registrou uma queda de 10 pontos-base, alcançando 3,489%.

Dólar enfraquecido frente a outras divisas

Com a expectativa de redução das taxas de juros nos EUA, o dólar não apenas caiu frente ao real, mas também em relação a outras moedas ao redor do mundo. O índice que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas recuou 0,60%, chegando a 97,640.

Atenção para as declarações do Banco Central

No Brasil, todos os olhares se voltam para a coletiva de imprensa do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, marcada para às 11h, onde ele deve discutir medidas de segurança no sistema financeiro nacional, incluindo um teto para transferências por Pix e TED.