
Dólar despenca para R$ 5,35 e atinge menor patamar em 15 meses: descubra o porquê!
2025-09-12
Autor: Carolina
O dólar encerrou sua terceira sessão consecutiva de queda no Brasil, fechando a sexta-feira a R$ 5,35, o menor valor em 15 meses! Isso ocorreu mesmo com a moeda americana apresentando valorização em relação a outras divisas ao redor do mundo.
Com cortes de juros previstos pelo Federal Reserve, somados à manutenção da taxa Selic em 15% no Brasil, a expectativa é de que o dólar continue sua trajetória de queda, com possibilidade de chegar perto dos R$ 5,30.
Como ficou a cotação do dólar?
Na última sexta-feira, o dólar à vista caiu 0,69%, encerrando a R$ 5,3537. Esse é o menor valor desde 7 de junho de 2024, quando a moeda foi cotada a R$ 5,3247. Ao longo da semana, a divisa acumulou uma queda de 1,11%.
No mercado futuro, por volta das 17h06, o dólar para outubro, o mais negociado no Brasil, caiu 0,72%, alcançando R$ 5,3760.
Dólar Comercial e Turismo:
- **Dólar Comercial:** Compra: R$ 5,353 | Venda: R$ 5,354 - **Dólar Turismo:** Compra: R$ 5,384 | Venda: R$ 5,564
O que influenciou essa queda do dólar?
A repercussão da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a melhora na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva são fatores que impactaram diretamente a moeda.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão, o que gerou reações intensas globalmente, incluindo comentários do governo americano, que classificou a decisão como ‘caça às bruxas’.
Por outro lado, uma pesquisa da Ipsos-Ipec mostrou que a aprovação do governo Lula subiu de 25% para 30%, enquanto a rejeição caiu de 43% para 38%.
Cenário econômico para o futuro:
Além disso, o IBGE reportou um crescimento de 0,3% no setor de serviços em julho em comparação a junho. Apesar de ficar abaixo das expectativas, a comparação com julho do ano passado, que teve alta de 2,8%, é animadora.
André Valério, economista do Inter, comenta que a condenação de Bolsonaro clareia o cenário eleitoral, fortalecendo candidaturas que são bem vistas pelo mercado. A expectativa de cortes nos juros nos EUA aumenta a atratividade do real, uma das moedas mais desejadas do mundo.
Nos próximos dias, o foco estará nas decisões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve. O resultado pode determinar se o real continuará sua trajetória de valorização.
Se o Fed confirmar o corte de juros, o real deve se valorizar ainda mais. Contudo, existe a incerteza de possíveis reações do governo Trump à condenação de Bolsonaro, o que poderia trazer volatilidade ao câmbio.