Dólar cai e fecha em R$ 5,86, seu menor nível desde novembro

O dólar registrou nesta terça-feira sua sétima queda consecutiva no Brasil, encerrando o dia cotado a R$ 5,8691, o que representa uma desvalorização de 0,74%. Este é o menor índice da moeda americana desde 26 de novembro do ano passado, quando a cotação era de R$ 5,8096. Em janeiro de 2025, o dólar acumula uma queda impressionante de 5,02%.

Às 17h05, na B3, o dólar com vencimento em fevereiro também apresentava queda, ajustando-se para R$ 5,8755.

As atuais oscilações do dólar refletem um movimento de correção nos mercados financeiros, que têm visto uma liquidação em ativos mais arriscados após notícias de uma nova tecnologia de inteligência artificial lançada pela startup chinesa DeepSeek, provocando medo entre os investidores quanto à dominância das empresas ocidentais no setor de tecnologia.

Além disso, as incertezas aumentaram com declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que manifestou a intenção de impor tarifas globais mais altíssimas sobre importações, o que alarmou os mercados e acirrou a busca por ativos mais seguros, como títulos e moedas fortes. O real, por sua vez, conseguiu resistir a esse movimento de fuga, possivelmente por conta das correções após uma forte desvalorização no final do ano passado.

Esse cenário do mercado cambial ocorre em meio à expectativa de decisões importantes de bancos centrais ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve manter as taxas de juros inalteradas, enquanto o Banco Central do Brasil (Copom) deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, indo para 13,25% ao ano.

Analistas do Goldman Sachs preveem que o comunicado do Copom reconheça a deterioração das expectativas de inflação, além de apontar uma possível desaceleração nas atividades econômicas.

Enquanto isso, a situação da economia da zona do euro também atrai atenção, com previsões de que o Banco Central Europeu possa reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, frente à forte desaceleração que a região vem enfrentando. Prepare-se, pois as movimentações do mercado financeiro podem trazer novidades a qualquer momento!