O dólar encerrou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,7066, refletindo a cautela dos investidores perante a política fiscal do governo Lula e o risco da possível vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA.

Os primeiros sinais do dia mostraram a moeda americana operando em alta, recuperando parte das perdas da sessão anterior. Essa movimentação acontece em um contexto em que os investidores buscam novos estímulos no cenário externo, que se mostra complicado para ativos de maior risco, especialmente com a proximidade da eleição presidencial americana.

Qual é a citação do dólar hoje?

Com a alta acumulada no dia, o dólar encerrou a semana com uma valorização total de 0,11%. Este é o quarto aumento consecutivo da moeda em relação ao real, alinhando-se aos avanços da divisa americana no exterior. O índice do dólar, que mede seu desempenho contra uma cesta de seis moedas, também subiu 0,25%.

Além disso, o Banco Central do Brasil vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial ofertados em leilão, uma medida que é parte de sua estratégia para controlar a volatilidade do câmbio e estabilizar a moeda.

Movimentações do dólar comercial e turismo

O dólar comercial teve cotações em compra a R$ 5,704 e venda a R$ 5,705. Por sua vez, o dólar turismo operou com valores de R$ 5,741 para compra e R$ 5,921 para venda, refletindo a demanda nos segmentos de viagens e turismo.

O que impactou o dólar hoje?

A agenda econômica do Brasil e dos EUA estava relativamente quieta, fazendo com que os investidores se fixassem em fatores mais amplos que influenciam o mercado. Apesar de declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que trouxeram alguma tranquilidade à curva de juros e ao câmbio, o receio com as contas públicas brasileiras voltou a pautar a atenção dos investidores.

Nos últimos dias, membros do governo expressaram a intenção de apresentar medidas de contenção de gastos após as eleições municipais que ocorrem no próximo fim de semana. Essa expectativa de ações concretas gera cautela, levando o mercado a se proteger em dólar e exigir prêmios maiores em investimentos de renda fixa.

Enquanto isso, no exterior, o 'fator Trump' continua a influenciar o comportamento do dólar, com a possibilidade de que o republicano vença a democrata Kamala Harris nas eleições de 5 de novembro. Uma vitória de Trump seria vista como potencialmente inflacionária para a economia americana, elevando os rendimentos dos Treasuries e impactando as taxas de juros dos DIs no Brasil.

Durante o dia, o dólar oscilou entre uma mínima de R$ 5,6660 e uma máxima de R$ 5,7139, mostrando como as incertezas políticas e econômicas podem criar volatilidade no câmbio. Com dados econômicos dos EUA contribuindo para essa dinâmica, a cautela deve continuar a ser uma constante nos próximos dias.

Fique atento às movimentações do mercado, pois a flutuação do dólar pode impactar diretamente suas finanças, seja em viagens internacionais ou na hora de comprar produtos importados.