Na noite da última quarta-feira (25), uma mãe levou seu filho ao posto de saúde do Bairro São José, em Divinópolis, em busca de atendimento médico urgente para a criança, que estava com dor forte no ouvido. Para sua indignação, a médica que deveria atendê-los não fez uma consulta direta. Em vez disso, ela enviou um enfermeiro para fazer as perguntas necessárias, enquanto permanecia em local desconhecido.

O enfermeiro atuou como um intermediário, passando as queixas da criança para a médica e levando de volta uma receita no final do processo, sem que a profissional de saúde tivesse sequer olhado para o paciente. Essa prática, comparada por muitos a um "pombo correio", deixou os pais perplexos e questionando a qualidade do atendimento oferecido.

A mãe, furiosa com o ocorrido, gravou um vídeo denunciando a situação e criticando a administração local por permitir que tamanha falta de atenção ocorresse no atendimento à saúde. Ela ressaltou que não adianta abrir um posto de saúde até as 22 horas se a equipe não está preparada para oferecer um atendimento digno e eficaz.

Essa situação levanta questões sérias sobre a utilização de enfermeiros em funções que deveriam ser exclusivamente desempenhadas por médicos. Além disso, especialistas em saúde pública destacam que esse tipo de atendimento terceirizado pode prejudicar ainda mais os pacientes, sendo até mais preocupante do que consultas virtuais, já que a avaliação presencial é crucial para um diagnóstico adequado.

A comunidade está se mobilizando para exigir melhores condições nos serviços de saúde e um retorno à medicina com foco no atendimento humanizado e de qualidade. A situação em Divinópolis comprova a necessidade urgente de reformulação no sistema de saúde local.