Saúde

Diagnosticada com câncer de mama aos 28 anos, Fernanda dá lições de vida: "Estar careca era só um detalhe"

2025-04-08

Autor: Gabriel

Quando a palavra 'câncer' é pronunciada, especialmente em um momento da vida em que os sonhos e planos ainda estão sendo moldados, a gravidade do impacto é inimaginável. Essa foi a realidade de Fernanda Mendes Pimenta, que aos 28 anos recebeu o diagnóstico de câncer de mama após notar um caroço na mama esquerda.

Hoje com 30 anos, Fernanda é uma mulher resiliente e empreendedora no setor de móveis de vime, mas sua trajetória na luta contra o câncer começou em uma consulta de rotina com sua ginecologista. Durante um exame de ultrassom, o resultado indicou alterações suspeitas, levando-a a consultar um mastologista. O diagnóstico confirmou algo que ela temia. "Eu já desconfiava do que poderia acontecer e, por isso, não fiquei tão surpresa ao receber o resultado. Minha família, no entanto, ficou bastante abalada", compartilha.

A surpresa foi maior quando, pouco tempo depois, outros membros da sua família também foram diagnosticados com câncer. Agora, Fernanda e duas pessoas próximas lidam com a doença, o que reafirma a importância de se cuidar e de realizar exames preventivos regularmente.

Assim como muitos durante a pandemia, Fernanda acabou atrasando seus exames de rotina, e em 2023, o diagnóstico não foi o esperado. "Todos os meus médicos acreditavam que seria benigno por eu ter apenas 28 anos, mas o resultado foi outro", lembra.

O tratamento que se seguiu foi desafiador, especialmente a quimioterapia. "Ergam suas vozes, mulheres! Se cuidem!", ela exalta, enfatizando a importância de manter a saúde em dia.

A fase da quimioterapia levou Fernanda a um estado de fraqueza extremo, dificultando a alimentação. Ela revelou que durante a quimioterapia, que ocorre a cada 21 dias, muitas vezes ela ficava de cama por uma semana. "Recebi um medicamento chamado Filgrastim que ajudou a estimular a produção de células de defesa do sangue, mas que tinha efeitos colaterais bastante intensos", relatou.

A perda de cabelo, embora inicialmente fosse uma preocupação para Fernanda, não se mostrou um dos maiores desafios. "A vida é mais do que a aparência. Focar no tratamento era o essencial!", explicou. Ela decidiu não usar peruca, sentindo que sua experiência poderia inspirar outras mulheres a se aceitarem tal como eram, mesmo sem cabelo.

"As mulheres em tratamento não precisam sentir vergonha, pois ainda são lindas. Isso é uma lição que aprendi: a verdadeira beleza vai além da aparência física. No fim, a vida é o que importa", disse.

Atualmente, o tratamento de Fernanda continua, pois a duração varia de acordo com diversos fatores, assim como cada caso de câncer é único. A jornada de tratamento incluiu cirurgia, quimioterapia, e agora, sessões de radioterapia e medicação específica. Ela se mostrou otimista e com o apoio da família, sua recuperação segue de forma positiva.

"O apoio da minha família foi fundamental. Eles cuidaram de cada detalhe e me deram força todos os dias. Fui muito amada nesse período", afirmou, ressaltando a importância do suporte emocional.

Ademais, Fernanda quis compartilhar uma mensagem importante: a detecção precoce do câncer pode salvar vidas. O detalhe que possibilitou a descoberta da doença foi um toque feito pelo seu marido. "Ele notou algo diferente e me incentivou a consultar um médico. Não deixem de fazer os autoexames! Isso pode ser a diferença entre a vida e a morte!", alertou.

Empoderada e corajosa, a história de Fernanda não é apenas sobre luta, mas também sobre superação e amor-próprio, mostrando que cada desafio traz lições valiosas. Seu relato inspira muitas mulheres a cuidarem de si mesmas e a enfrentarem a vida com esperança e determinação.