Saúde

Diagnosticada com câncer de esôfago após sintomas de indigestão, mulher faz alerta à população

2025-01-16

Autor: Matheus

Indigestão. Um sintoma corriqueiro que muitos de nós enfrentamos diariamente. No entanto, uma simples sensação de desconforto pode esconder algo muito mais grave. É o caso de Cheryle Brandon, uma mulher de 51 anos que ao sentir o que acreditava serem sinais de refluxo ácido, acabou descobrindo que tinha câncer de esôfago.

A história de Cheryle começou em abril de 2022. Ela começou a sentir desconforto no estômago, inicialmente tratado com omeprazol, um medicamento comum para redução da acidez. Mas os sintomas não só retornaram como se tornaram ainda mais intensos. "A dificuldade para engolir carne se tornou um grande desafio. Eu frequentemente me engasgava e precisei adaptar minha dieta para alimentos mais fáceis de ingerir, como biscoitos de trigo, sorvete e iogurtes", revelou em entrevista ao Daily Mail.

Com a deterioração dos sintomas, um médico generalista decidiu encaminhá-la para uma endoscopia. O exame foi um divisor de águas em sua vida: revelou um tumor com impressionantes 6 cm no esôfago, classificado como inoperável. O impacto do diagnóstico foi devastador. "A localização muito próxima ao meu coração tornou a cirurgia impossível. Os médicos me deram apenas alguns meses de vida", recordou, com um misto de choque e tristeza.

A luta de Cheryle contra a doença a forçou a emagrecer drasticamente: “Antes do tratamento, eu usava tamanho 44, mas depois de não conseguir comer adequadamente, cheguei ao 38. Acabei precisando de uma sonda de alimentação devido à dificuldade extrema em ingerir alimentos", desabafou.

Em fevereiro de 2023, mesmo com um prognóstico pouco animador, ela iniciou a quimioterapia com a esperança de controlar a doença. Os médicos foram claros: era hora de se "preparar para o pior." Mas, para surpresa de todos, após alguns meses de tratamento, Cheryle recebeu uma notícia que mudou sua trajetória. Em junho, um exame de tomografia computadorizada revelou que não havia mais sinais de câncer.

"Eu mal podia acreditar. Quando a equipe de oncologia ligou para me contar sobre os resultados da tomografia, pensei que estavam lendo o arquivo errado. Mas era verdade! Não havia mais vestígios da doença!", comemorou Cheryle, visivelmente aliviada.

Ainda em acompanhamento, Cheryle reflete sobre toda a experiência que viveu. "O câncer me ensinou a ser mais humilde e a valorizar a vida com todas as suas nuances", compartilha com gratidão.

O câncer de esôfago é conhecido por sua alta letalidade, com uma taxa de sobrevivência em torno de 50%, especialmente devido ao diagnóstico tardio. Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade para engolir, náuseas, azia e refluxo ácido. Portanto, se você estiver enfrentando esses sinais por um período prolongado, é essencial procurar um especialista para avaliação.

"Se você está pensando 'isso não é normal', procure um médico e faça uma endoscopia o quanto antes!", recomenda Cheryle, que agora se tornou uma defensora da conscientização sobre a doença. Seu apelo se torna ainda mais relevante em um mundo onde nossa saúde, frequentemente, pode ser negligenciada em nome da rotina.