Saúde

Dia Mundial do Alzheimer: 80% da População Ignora Sintomas Iniciais

2024-09-21

Você sabia que 80% da população não tem consciência do Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), uma condição que pode preceder a Doença de Alzheimer? Isso foi revelado por um estudo da Associação de Alzheimer, que sublinha a falta de conhecimento sobre os primeiros sinais da doença.

Embora muitas pessoas conheçam a Doença de Alzheimer, poucos entendem a ligação com o CCL, que pode ser um sinal de alerta. De acordo com pesquisas, cerca de 33% das pessoas diagnosticadas com CCL desenvolvem demência em até cinco anos.

O CCL é caracterizado por pequenas falhas de memória e dificuldades no raciocínio, que podem ser confundidas com consequências normais do envelhecimento. O geriatra Roni Chaim Mukamal alerta que não reconhecer esses sintomas pode afetar seriamente a qualidade de vida do paciente. "Ignorar os sinais iniciais pode comprometer o diagnóstico precoce, reduzindo as chances de reversibilidade e dificultando a adoção de medidas preventivas", afirma.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 milhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de demência, sendo que a Doença de Alzheimer representa a forma mais comum, afetando 70% dos indivíduos diagnosticados.

No Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas convivem com demências, com mais de 100 mil novos casos diagnosticados anualmente. Pesquisas indicam que até 2050 esse número pode ultrapassar 131 milhões globalmente.

Mas como distinguir entre esquecimento natural, CCL e Alzheimer? O Dr. Mukamal explica que enquanto o envelhecimento pode causar lapsos de memória benignos, aqueles que apresentam sinais de Alzheimer tendem a ter esquecimentos mais graves, envolvendo pessoas próximas e compromissos importantes, além de alterações de humor sem razões aparentes.

Para ajudar na prevenção, o médico ressalta a importância de um envelhecimento saudável, que engloba cuidados com a saúde física, mental, alimentação adequada e manutenção de relações sociais.

Exemplos de práticas saudáveis incluem oficinas como a “Cabeça Boa”, que visam estimular a capacidade cognitiva. Participantes como Loyde Dias, de 75 anos, relatam melhorias na memória através de técnicas como anotações e exercícios cognitivos.

Além das práticas físicas, a nutrição desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral. A nutricionista Giselli Prucoli alerta para a importância de uma dieta rica em alimentos antioxidantes e fibras, que alimentam tanto o cérebro quanto o intestino.

Entre os alimentos recomendados estão: - **Brócolis e espinafre**: Ricos em vitamina K, ajudam na função cognitiva e memória. - **Cacau**: Melhora a circulação sanguínea cerebral e as funções cognitivas. - **Café**: Ajuda na concentração e aprendizagem. - **Cúrcuma**: Contém curcumina, que estimula a neurogênese e reduz inflamações cerebrais. - **Nozes e sementes**: Fontes de ômega-3, essenciais para a saúde cerebral. - **Abacate**: Melhora a circulação e é benéfico para o sistema cardiovascular, essencial para o cérebro.

Outros alimentos que ajudam incluem frutas amarelas, que são ricas em vitamina C e carotenoides, e o broto de feijão, que contém inositol, um nutriente chave para o funcionamento cerebral.

Fique atento aos sinais, cuide da sua saúde e busque informação — a prevenção pode ser a chave para um envelhecimento saudável!