O Brasil se despediu no último sábado (29/03) do renomado médico Francisco Pinheiro Rocha, que faleceu aos 95 anos em Brasília, após complicações decorrentes de um acidente doméstico na quarta-feira anterior (26/03). O Dr. Pinheiro Rocha estava internado no Hospital Sírio-Libanês enquanto recebia cuidados médicos.

Nascido em Uiraúna, na Paraíba, ele se destacou como uma das figuras mais influentes na construção do sistema de saúde pública do Distrito Federal. Um marco em sua carreira foi a realização da cirurgia no ex-presidente Tancredo Neves no Hospital de Base do DF (HBDF), que elevou sua notoriedade a nível nacional.

De 1964 a 1967, Dr. Pinheiro ocupou o cargo de Secretário de Saúde do DF. Durante sua gestão, ele foi responsável pela criação do Código Sanitário do DF, além de ter liderado a construção e a inauguração de várias instituições de saúde, incluindo o segundo Hospital Distrital, que hoje é conhecido como Hospital Regional da Asa Sul, além dos Hospitais do Gama e de Sobradinho. Também foi pioneiro na ampliação do Hospital São Vicente de Paulo e iniciou a construção do Hospital de Taguatinga, que se tornou um importante centro médico na região.

Dr. Pinheiro Rocha era especialista em cancerologia, cirurgia-geral e gastroenterologia, e ao longo de suas décadas de atuação, trabalhou incansavelmente para formar novos profissionais médicos, estabelecendo instituições que fomentaram a educação técnica e a qualidade na área da saúde.

A Secretaria de Saúde do DF emitiu uma nota lamentando profundamente sua perda, destacando-o como "um verdadeiro ícone da medicina, cuja dedicação e amor pela profissão permanecerão vivos na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo." A pasta ainda enfatizou que seu trabalho foi crucial para a criação da residência médica em Brasília, contribuindo para a formação de cirurgiões competentes em todo o Brasil e para a instalação de hospitais durante seu mandato.

O velório do Dr. Pinheiro está programado para esta terça-feira (01/04) na Paróquia São Camilo de Lellis, na 303/304 Sul, e sua última morada será no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Sua partida deixa um vazio imenso na medicina e sua contribuição permanecerá para sempre na história da saúde pública brasileira.