Desespero e esperança: Jovem baleada na cabeça no Rio de Janeiro está em coma induzido
2024-12-26
Autor: Gabriel
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está lutando pela vida após ser baleada na cabeça por agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) durante uma operação em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O incidente ocorreu na noite de terça-feira, 24 de dezembro de 2024, quando ela e sua família, que estavam a caminho de passar o Natal com parentes em Niterói, foram surpreendidos por tiros disparados na Rodovia Washington Luiz (BR-040).
De acordo com Juliana Paitach, médica intensivista do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, onde Juliana Rangel foi internada, o estado da jovem é considerado grave, mas estável. Ela está sob ventilação mecânica e em coma induzido, o que é necessário para permitir que seu corpo comece a se recuperar após o trauma.
"A gravidade do caso está relacionada ao impacto da bala em seu crânio, que precisou ser removida de forma cirúrgica. Apesar da lesão cerebral, os primeiros exames não mostraram sinais de gravidade adicional, o que é um alívio", afirmou a médica. Agora, a equipe médica aguardará para ver como a paciente responderá ao tratamento nas próximas horas.
No momento do ataque, o carro de Juliana e sua família foi atingido por vários disparos, deixando o ambiente repleto de tensão e medo. O pai de Juliana, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, também foi ferido, levando um tiro na mão esquerda, que resultou em um pequeno corte. Ele foi avaliado e liberado na mesma noite, mas o trauma vivido por ambos é imensurável.
Após o incidente, o carro que estava na posse da família, marcado por evidências visíveis de tiros, e o veículo da PRF foram encaminhados para a delegacia federal em Nova Iguaçu, onde a perícia e coleta de depoimentos foram realizadas. A Polícia Federal (PF) acionou um inquérito para investigar a conduta dos agentes envolvidos.
A PRF, em nota oficial, expressou seu pesar pelo ocorrido e informou que os agentes que participaram da operação foram afastados preventivamente. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, enfatizou a importância da utilização de câmeras corporais pelos agentes como uma forma de assegurar a transparência e segurança nas operações.
A grave situação de Juliana Rangel não é um caso isolado. Recentemente, o uso excessivo da força por parte de policiais tem sido um tema de crescente preocupação no Brasil, especialmente em contextos urbanos como o do Rio de Janeiro. A ênfase no treinamento específico para o uso de armas e nas diretrizes de atuação é crucial para evitar tragédias como a que impactou a família Rangel.
A família e amigos de Juliana estão em constante vigilância e oração, esperando por notícias positivas sobre sua recuperação. Enquanto isso, a discussão sobre a necessidade de melhorias nas práticas policiais e de segurança pública continua a ser um tema urgente na sociedade brasileira.