Os solteiros são frequentemente estigmatizados e retratados de forma caricatural em filmes e séries, como a famosa "mulher dos gatos" ou o amigo "quem segura vela". Mas e se eu te disser que uma pesquisa recente revela que esses estereótipos não podem estar tão longe da realidade? Uma investigação realizada pela Universidade de Bremen, na Alemanha, aponta que existem três traços de personalidade que realmente ajudam a definir quem permanece solteiro por mais tempo.

O estudo, que envolveu uma equipe internacional de universidades na Alemanha, Suíça, e Canadá, analisou mais de 77.000 europeus. Essa pesquisa se destaca como a primeira a correlacionar traços de personalidade e satisfação com a vida especificamente em solteiros, em comparação com aqueles que estão em relacionamentos.

Os pesquisadores consideraram diversas definições de celibato, separando indivíduos que nunca se casaram, que nunca coabitaram com um parceiro, ou que nunca tiveram relacionamentos sérios. Os participantes foram convidados a responder questionários sobre sua satisfação com a vida e sobre os cinco principais traços de personalidade: abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, afabilidade e neuroticismo (instabilidade emocional).

Os resultados foram surpreendentes: as pessoas que nunca tiveram um relacionamento sério e duradouro apresentaram pontuações significativamente mais baixas em extroversão, abertura e satisfação com a vida, se comparadas àquelas que viveram relacionamentos mais estáveis, mesmo que estivessem solteiras no momento.

Diferenças por Gênero e Idade

Adicionalmente, os pesquisadores identificaram diferenças importantes relacionadas a gênero e idade. Em países onde as taxas de casamento são mais elevadas, a vida de solteiro se correlaciona com níveis ainda mais baixos de satisfação com a vida. Isso sugere que a perspectiva social e cultural sobre relacionamentos pode impactar a maneira como individuos experimentam a solteirice.

Portanto, se você é solteiro ou conhece alguém que é, talvez seja hora de olhar além dos estereótipos e compreender que a experiência de ser solteiro pode ser moldada por traços de personalidade e pelo contexto social. Fique atento, pois essa pesquisa pode mudar a forma como vemos a solteirice no futuro!