Saúde

Descubra a Verdade: Os Multivitamínicos REALMENTE Aumentam sua Longevidade?

2024-09-27

Recentemente, um estudo publicado na renomada revista Jama trouxe à luz uma revelação surpreendente: o uso diário de multivitamínicos não está associado a um menor risco de mortalidade entre adultos saudáveis. Este dado chama a atenção, especialmente quando consideramos que cerca de um em cada três adultos nos Estados Unidos utiliza esses suplementos com a esperança de prevenir doenças.

No Brasil, embora não existam estatísticas oficiais, sabemos que a busca por multivitamínicos está crescendo, impulsionada por campanhas de marketing agressivas e a influência de profissionais de saúde que promovem a ideia de que esses produtos são essenciais para uma vida saudável, mesmo quando não existem deficiências nutricionais.

Em 2022, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA revisou dados sobre suplementação e mortalidade e concluiu que faltam evidências consistentes para validar a eficácia dos multivitamínicos na melhoria da saúde. A pesquisa analisou três grandes estudos com mais de 390.000 adultos saudáveis e acompanhou esses participantes ao longo de mais de 20 anos, levando a uma conclusão alarmante: não há provas concretas de que esses suplementos prolonguem a vida.

O estudo revela que, independentemente de fatores como raça, etnia, qualidade da dieta e nível educacional, o uso de multivitamínicos não demonstrou impacto positivo na longevidade. A nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que essa constatação é um sinal de que os multivitamínicos não são uma "solução mágica" para a saúde e que sua eficácia pode ser superestimada.

"As pessoas frequentemente confundem a ingestão de suplementos com a prevenção de doenças, resultando em uma falsa sensação de segurança e em descuidos em relação à saúde, deixando de procurar orientação médica adequada quando necessário", alerta a especialista.

A busca por suplementação vitamínica tomou força a partir da década de 1970, especialmente nos EUA, motivada pelo aumento do interesse em saúde preventiva e uma percepção de que esses produtos poderiam ser a resposta para uma vida saudável.

Mas à medida que estudos mais rigorosos foram publicados, a eficácia dos multivitamínicos passou a ser questionada. A realidade é que a maioria das pessoas saudáveis e sem deficiências nutricionais específicas pode obter todos os nutrientes necessários através de uma dieta equilibrada.

É importante ressaltar que a suplementação pode ser necessária em situações específicas, como durante a gravidez, amamentação, em casos de anemia ferropriva ou dietas restritivas. Todavia, essa suplementação deve ser baseada em diagnósticos precisos e sob orientação de um profissional de saúde.

Além disso, o uso de multivitamínicos em crianças deve ser cuidadosamente avaliado, priorizando sempre uma alimentação diversificada e rica em nutrientes provenientes de alimentos naturais. O consumo excessivo pode acarretar riscos sérios, pois algumas vitaminas e minerais podem ser tóxicos em quantidades elevadas.

Em sintonia com essa realidade, é essencial que as pessoas reavaliem sua dependência dos suplementos e se dediquem a manter hábitos alimentares saudáveis. Afinal, os nutrientes adquiridos através de uma dieta equilibrada tendem a ser mais biodisponíveis e eficazes para o corpo.

Experimente incluir mais frutas, vegetais e grãos integrais na sua alimentação e consulte um nutricionista para entender as reais necessidades do seu organismo e assim garantir uma saúde plena e duradoura.