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Desaparecimento de Priscila Belfort: Joana Prado revela trauma familiar e luta por respostas

2024-09-26

Joana Prado e Vitor Belfort se casaram em uma cerimônia no Rio de Janeiro, pouco antes do desaparecimento de Priscila Belfort, irmã mais velha de Vitor, que ocorreu em 9 de janeiro de 2004. Desde então, a família vive um pesadelo sem fim, marcando 20 anos de angústia e incertezas sobre o destino da jovem, que completaria 50 anos em 2024. Com o objetivo de reabrir as investigações sobre o caso, a família lançou a série documental "Volta, Priscila", já disponível no Disney+.

Durante uma coletiva de imprensa, Joana compartilhou a profunda ligação que tinha com sua cunhada e como ela tentava protegê-la de Vitor. "Ela era tão doce que eu frequentemente sentia a necessidade de intervir, dizendo: 'Priscila, você precisa se cuidar. Não pode ser tão generosa com ele'," relembra Joana, ressaltando o quão próxima era essa relação, que alastra a dor da perda.

Agora vivendo nos Estados Unidos com seus três filhos, Davi, Victoria e Kyara, Joana admite que o desaparecimento de Priscila afetou sua família. "Esse trauma nos acompanhou. Eu não deixava meus filhos irem a nenhum lugar sozinhos, nem mesmo em passeios escolares. Eles nunca conheceram a tia e sinto que isso moldou a nossa dinâmica familiar. Sempre que íamos ao shopping, eles ficavam grudados em mim," conta Joana emocionada.

Com o tempo, Joana aprendeu a lidar melhor com a independência dos filhos. Apesar de ainda sentir os resquícios desse cuidado excessivo, ela cita a importância da fé e da ajuda de Deus em seu processo de superação. "Quando finalmente deixei que eles fossem em passeios, eu escrevia meu número de telefone em seus braços, como um lembrete. Mas aos poucos fui permitindo que eles tivessem suas próprias experiências," revela.

O desaparecimento de Priscila foi um choque para a família. Ela estava a caminho do trabalho, quando foi vista pela última vez na Avenida Marechal Floriano, no centro do Rio de Janeiro. A Polícia Civil iniciou investigações que se concentraram em uma possível conexão com o tráfico de drogas e quadrilhas do Morro da Providência.

Em 2007, informações alarmantes surgiram quando uma mulher confessou ter participado do sequestro e assassinato de Priscila, mencionando uma suposta dívida de R$ 9 mil. No entanto, as buscas para encontrar os restos mortais nunca renderam resultados. A reviravolta de mais uma mentira na investigação única foi devastadora para a família, que busca respostas há duas décadas.

Assim, o caso de Priscila Belfort permanece sem solução, mas a determinação de Joana e de sua família em trazer à luz a verdade é um lembrete de que nem o tempo pode apagar a dor e a esperança. Com a série "Volta, Priscila", eles esperam impactar a sociedade e talvez motivar novos esforços por parte das autoridades para esclarecer este mistério angustiante.