O deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) não poupou críticas ao recente aumento da taxa Selic, decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que elevou a taxa em 1 ponto percentual. Essa decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma alta de no máximo 0,75 ponto percentual. Durante sua participação no programa TVGGN 20H, Hauly enfatizou que essa ação equivale a um ano inteiro de emendas parlamentares.

"Toda brincadeira de todas as emendas dá 1% que a canetada do Campos Neto vale por todas as emendas de um ano de todos os deputados que atendem todos os municípios, 5.570 municípios e 27 unidades federadas", desabafou o parlamentar.

Além de criticar a política monetária, Luiz Hauly descreveu o sistema tributário brasileiro como "o mais iníquo, injusto, caótico e canalha do mundo". Segundo ele, para enfrentar o cenário econômico complicado, seria necessário um diálogo mais efetivo entre o governo e o Congresso, o que, segundo o deputado, não vem ocorrendo. A falta de comunicação poderia afetar diretamente a aprovação de emendas que são cruciais para o atendimento das demandas individuais dos deputados em diferentes regiões do Brasil.

Hauly, consciente da crise fiscal que o país enfrenta, lembrou que o orçamento já está comprometido com despesas em áreas fundamentais como previdência, saúde, assistência social e educação, realçando a importância de um crescimento econômico robusto. Ele também manifestou preocupação com a exploração da taxa de juros pelo Banco Central e a influência de instituições financeiras sobre a economia.

O deputado está coletando evidências das recentes ações econômicas para apresentar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público Federal, argumentando que essas decisões cometem crimes contra a ordem econômica e a economia do Brasil. "Não tenho dúvida nenhuma. No meu feeling, eu sinto a economia na pele. O governo do Lula não é um Brastemp, mas está razoavelmente controlando o déficit público e a economia está crescendo", comentou.

Além disso, Hauly comparou os indicadores econômicos do Brasil com os de outros países, revelando que a realidade econômica do Brasil é diferente da que muitas vezes é veiculada pela mídia tradicional. Durante a entrevista, também foi debatida a urgência de uma reforma tributária que possa equilibrar o sistema financeiro do país e proporcionar justiça fiscal a todos os brasileiros.

Fique atento, pois as próximas semanas podem trazer novidades sobre a postura do governo e suas medidas em relação à política monetária e tributária!